segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Receita: "Segredos" da ÉTICA


No quinto período iniciamos nosso estágio, o qual nos coloca frente à prática em Psicologia. Junto com a prática vem a necessidade de um novo olhar e uma nova conduta, a qual envolve mais do que nunca a consideração incondicional pela Ética, um saber aprofundado em como lidar com o outro respeitando sua individualidade e autonomia, ou seja, com respeito incondicional.  Para melhor compreensão deste tema, buscamos diferentes fontes de informações como o artigo, “A Ética do cuidado na intervenção Comunitária e Social: Os pressupostos filosóficos”, o qual enfatiza a ética do cuidar; e o artigo “Ética, direitos dos usuários e políticas de humanização da atenção à saúde”.
A ética consiste em um instrumento que o homem lança mão para garantir a coesão social, ou seja,é a reflexão crítica sobre o comportamento humano que interpreta, discute e problematiza os valores, os princípios e as regras morais, a procura da “boa vida” em sociedade.  Segundo Perdigão, cuidamos “naturalmente” de nós e dos outros, pelo simples fato de existirmos como outro no mundo. É por isso que criamos, a partir daí, contextos específicos destinados à sua valorização através de procedimentos “técnicos” concretos. Contudo, e a seu modo, todo o ser humano possui a capacidade do cuidado e/ou do cuidar visto que, nos como interventores potencializadores devemos considerar que possuímos fragilidades. Se não tomarmos consciência de que as temos, podemos correr o risco de nos vermos, comportarmos como “salvadores”, reduzindo o outro à sua fragilidade, anulando muitas vezes suas potencialidade.
Em suma, é importante considerarmos que para sermos bons profissionais devemos fazer uso incondicional da ética, pois o objetivo de nossa profissão é cuidar do outro. Não há como assegurar tal cuidado sem ética; ela é o instrumento que vai nos direcionar a ter uma boa conduta, garantindo a integridade do outro.

 REFERÊNCIAS
ü  PERDIGÃO, Antônia C.; A Ética do cuidado na intervenção Comunitária e Social: Os pressupostos filosóficos; disponível em:http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v21n4/v21n4a07.pdf
ü  FORTES, Paulo Antônio de C.; Ética, direitos dos usuários e políticas de humanização da atenção à saúde; 2004; disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v13n3/04.pdf




Texto e video elaborado pelos Estagiários: Dayanne Ferreira, Gabriela Thaís Oliveira, Jaqueline Oliveira, Jéssica Peixoto, Paulo Oliveira e Sandra Regina Vasconcelos.

“Supervisor de psicologia clínica: um professor idealizado?”

   Com base no artigo “Supervisor de psicologia clínica: um professor idealizado?” fizemos considerações sobre a relação supervisor-supervisionando em Psicologia.
 A atividade do estágio é de extremo auxílio para a vida profissional do estudante de Psicologia, é um ambiente onde articula-se a teoria e a prática, onde o aluno sai de sua posição como estudante e entra em um novo paradigma, e toma posição como estagiário, rumo a consolidação de sua carreira profissional, junto ao não mais professor, mas sim, seu supervisor de estágio.
    Para todo analisamos as funções do supervisor como: 1-incentivo a aprendizagem; 2-manutenção de um setting de trabalho; 3-compreensão do supervisionando e fazer compreender por ele; 4-identificação do principal conflito e busca por hipóteses; 5-reconhecer a resistência e a transferência em relação ao paciente; 6- reconhecimento de suas próprias reações contratransferênciais.
    Durante todo o procedimento de supervisão faz-se entender que o supervisor deve manter várias funções das quais auxiliem o supervisionado em suas tarefas.
    Fora realizada uma pesquisa com alunos do curso de Psicologia atuantes em estágio e feita a eles algumas perguntas sobre seus respectivos supervisores, das quais de acordo com as respostas foi montado um gráfico.
Foram feitas perguntas tais como:
1. Seu supervisor apóia seu desejo de aprender?
4. Você se sente compreendido pelo seu supervisor?
5. O seu supervisor aceita os erros que você faz?
23. Com que freqüência você teve a experiência com um supervisor que tinha uma idéia pré estabelecida de que as coisas devem ser feitas apenas da sua maneira?
24. Alguma vez você se achou na posição de ter de “fincar o pé” contra seu supervisor?
27. Você sente que seu supervisor tem confiança nas suas habilidades como psicoterapeuta?

    A partir das respostas dadas pelos estagiários, pode-se concluir que houve uma alta positividade quanto a imagem do supervisor. Além disso, estudos sobre estágio em psicologia clínica observa-se que o supervisor age de maneira tal à, em primeira instância, como um professor, para explicar, corrigir e sugerir, tornando-se um modelo para uma identificação por parte do supervisionando.
    “A alta positividade denotada no estudo a que nos reportamos, para além da
percepção de qualidades e/ou virtudes do supervisor, pode embutir negação de conflitos que, se percebidos e/ou manifestados, colocariam o aluno/supervisionando em situação mais vulnerável diante do supervisor do que de um professor.”
    “O supervisor de psicologia clínica pode ser um professor idealizado, menos avaliado realisticamente em suas qualidades pedagógicas e mais poupado de críticas negativas, por ser uma figura acadêmica facilmente identificada por seus alunos como um profissional psicólogo.”
    Como sabemos, a ética tem como objetivo facilitar a relação entre indivíduos. Pois favorecerá um clima harmonioso, respeitoso e agradável, aumentará a confiança de ambas as partes e consequentemente, o trabalho será satisfatório. O contrário disso causaria sérios danos.
    A falta de respeito entre ambos, a falta de comprometimento, o descaso, o desinteresse, a apatia, a falta de confiança e outros tantos aspectos que vão contra a ética promoverá conflitos nas relações. Em se tratando especificamente da relação estagiário/supervisor, construímos um vídeo para demonstrar aspectos antiéticos.
    Ser supervisor, antes de mais nada, significa ser! Além de professor, o supervisor tem um papel de extrema importância na vida do estagiário e o que se deve nortear nessa relação é basicamente a ética profissional. Um supervisor cuja fala é coerente ao seu modo de ser, que respeita seus estagiários, que se interessa em orientar, ajudar, respaldar e estar presente, tem comportamentos éticos, básicos e necessários.     Reconhecemos a importância dos mesmos e a necessidade que temos quando não os encontramos.

Referências
 OLIVEIRA-MONTEIRO, Nancy Ramacciotti de  and  NUNES, Maria Lucia Tiellet. Supervisor de psicologia clínicaum professor idealizado?.Psico-USF (Impr.) [online]. 2008, vol.13, n.2, pp. 287-296. ISSN 1413-8271.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712008000200015.

Alunos:

Bruno Goulart 
João Gabriel Borges 
Lhorena Rafacho
Mônica Kelly
Priscila Figueredo
Renata Alves