terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Psicologia Hospitalar

Ética e Humanização no Ambiente Hospitalar


A humanização das relações e do cuidado ao ser humano, no ambiente hospitalar, é uma preocupação dos profissionais da saúde. Veja só o cabo de força que é um hospital em funcionamento. De um lado, os interesses financeiros do conselho de um hospital, que muitas vezes ultrapassam os limites da ética. De outro lado, todo o protocolo técnico que os médicos devem seguir para salvar vidas. E mais adiante, se encontra o paciente e sua subjetividade, que necessita além de toda a eficiência técnico-científica, um atendimento humanizado.
 É exatamente aí que entra a figura do psicólogo e da ética. Este profissional faz uso das técnicas de psicologia para promover nos pacientes um reposicionamento mental para lidar melhor com seu adoecimento segundo balizas éticas.
A ética é fundamental em todo contexto hospitalar, pois, além dos interesses financeiros e da eficiência da medicina exigida para que o paciente receba um tratamento ético, os caminhos apontam também para a prática da sensibilidade e da solidariedade humana. Deste modo, o psicólogo com ética, vai além dos remédios.

Referências Bibliográficas

Bettinelli, L. A; Waskievicz, J; Erdmann, A. L. Humanização do cuidado no ambiente hospitalar. Mundo da Saúde. São Paulo, 2003, p. 231.

Eu Me, A Ética Bate à Porta. Revista Veja OnLine. Disponível em: http://veja.abril.com.br/110707/cartas.shtml. Acessado em: 24 de Outubro de 2013.


A Psicologia Hospitalar e seus desdobramentos


Do hospital psiquiátrico ao hospital e à saúde de um modo geral, este parece ter sido o percurso da Psicologia Clínica nas instituições de saúde.
Entende-se a Psicologia Hospitalar como um desdobramento da Psicologia Clínica na instituição hospitalar, (conforme descrição de ocupação do psicólogo clínico no sitewww.cfp.org.br/‎Portal do Conselho Federal de Psicologia.), onde o psicólogo se vale de seu único e legítimo instrumento de trabalho: a palavra. Essa estratégia da Psicologia Hospitalar pode ser resumida na magnífica frase de Freud: “...o trabalho clínico consiste em ajudar as pessoas a reencontrar a magia das palavras”.
Segundo Simonetti (2004 ), a Psicologia Hospitalar é o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento. Ela não trata apenas aquelas doenças com causas psicológicas classicamente denominadas psico-somáticas, mas sim dos aspectos psicológicos existentes em toda e qualquer doença.



ESTRATÉGIAS BÁSICAS

O psicólogo deseja que o paciente fale porque acredita que falando ele simboliza seu sofrimento e dissolve sua angústia. Para isso, utiliza-se de três técnicas: a associação livre, a entrevista e o silêncio. Assim, o paciente passa pelas seguintes posições: mudança, negação, revolta, depressão, enfrentamento e esperança. Cada fase será vivida de acordo com cada paciente, pois cada um tem sua singularidade e ao psicólogo cabe o papel de acompanhá-lo em todo esse processo. A esperança é o fio que sustenta e conecta as quatro posições . Ela sempre está presente, sempre, até no último instante.

A finalidade da psicologia hospitalar é ajudar o paciente a atravessar a experiência do adoecimento. Geralmente a doença chega como um susto, desarrumando a vida da pessoa e sacudindo sua subjetividade. E agora? O que fazer? É ai que entra em cena o psicólogo se oferecendo para, com sua escuta, ajudar o paciente a encontrar uma resposta para esta pergunta. Enquanto a medicina objetiva curar a doença, a psicologia hospitalar busca reposicionar o sujeito em relação a sua doença.   

Seguem alguns sites recomendados:
-     Portal do Conselho Federal de Psicologia: www.cfp.org.br/
- POL - Psicologia Online - Conselho Federal de Psicologia: www.pol.org.br/legislacao/leg_normatizacao.cfm‎. Este site tem o decreto: DECRETO N.º 53.464 - DE 21 DE JANEIRO DE 1964. Regulamenta a Lei nº 4.119, de agosto de 1962, que dispõe sobre a Profissão de Psicólogo. Consta no site também o registro documental decorrente da prestação de serviços: Registro documental decorrente da prestação ... Destaques sobre a Resolução CFP Nº 001/2009. (alterada pela ... CFP Nº 005/2010).

REFERÊNCIAS

SIMONETTI, A. Manual de psicologia hospitalar: o mapa da doença. São paulo: Casa do Psicólogo, 2004. 98p.
  
Manual de Psicologia Hospitalar. Disponível em: <http://crppr.org.br/download/164.pdf> Acesso em: 24 out. 2013

 Psicologado Artigos - A Psicologia Hospitalar. Disponível em: <http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar/a-psicologia-hospitalar> Acesso em: 24 out. 2013



Alunos: Amanda, Andrielle, Ana Caroline, Claudio, Eliele,, Edeilson, Fernanda Goes, Joanna, Roberta, Suzelaine.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Receita: "Segredos" da ÉTICA


No quinto período iniciamos nosso estágio, o qual nos coloca frente à prática em Psicologia. Junto com a prática vem a necessidade de um novo olhar e uma nova conduta, a qual envolve mais do que nunca a consideração incondicional pela Ética, um saber aprofundado em como lidar com o outro respeitando sua individualidade e autonomia, ou seja, com respeito incondicional.  Para melhor compreensão deste tema, buscamos diferentes fontes de informações como o artigo, “A Ética do cuidado na intervenção Comunitária e Social: Os pressupostos filosóficos”, o qual enfatiza a ética do cuidar; e o artigo “Ética, direitos dos usuários e políticas de humanização da atenção à saúde”.
A ética consiste em um instrumento que o homem lança mão para garantir a coesão social, ou seja,é a reflexão crítica sobre o comportamento humano que interpreta, discute e problematiza os valores, os princípios e as regras morais, a procura da “boa vida” em sociedade.  Segundo Perdigão, cuidamos “naturalmente” de nós e dos outros, pelo simples fato de existirmos como outro no mundo. É por isso que criamos, a partir daí, contextos específicos destinados à sua valorização através de procedimentos “técnicos” concretos. Contudo, e a seu modo, todo o ser humano possui a capacidade do cuidado e/ou do cuidar visto que, nos como interventores potencializadores devemos considerar que possuímos fragilidades. Se não tomarmos consciência de que as temos, podemos correr o risco de nos vermos, comportarmos como “salvadores”, reduzindo o outro à sua fragilidade, anulando muitas vezes suas potencialidade.
Em suma, é importante considerarmos que para sermos bons profissionais devemos fazer uso incondicional da ética, pois o objetivo de nossa profissão é cuidar do outro. Não há como assegurar tal cuidado sem ética; ela é o instrumento que vai nos direcionar a ter uma boa conduta, garantindo a integridade do outro.

 REFERÊNCIAS
ü  PERDIGÃO, Antônia C.; A Ética do cuidado na intervenção Comunitária e Social: Os pressupostos filosóficos; disponível em:http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v21n4/v21n4a07.pdf
ü  FORTES, Paulo Antônio de C.; Ética, direitos dos usuários e políticas de humanização da atenção à saúde; 2004; disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v13n3/04.pdf




Texto e video elaborado pelos Estagiários: Dayanne Ferreira, Gabriela Thaís Oliveira, Jaqueline Oliveira, Jéssica Peixoto, Paulo Oliveira e Sandra Regina Vasconcelos.

“Supervisor de psicologia clínica: um professor idealizado?”

   Com base no artigo “Supervisor de psicologia clínica: um professor idealizado?” fizemos considerações sobre a relação supervisor-supervisionando em Psicologia.
 A atividade do estágio é de extremo auxílio para a vida profissional do estudante de Psicologia, é um ambiente onde articula-se a teoria e a prática, onde o aluno sai de sua posição como estudante e entra em um novo paradigma, e toma posição como estagiário, rumo a consolidação de sua carreira profissional, junto ao não mais professor, mas sim, seu supervisor de estágio.
    Para todo analisamos as funções do supervisor como: 1-incentivo a aprendizagem; 2-manutenção de um setting de trabalho; 3-compreensão do supervisionando e fazer compreender por ele; 4-identificação do principal conflito e busca por hipóteses; 5-reconhecer a resistência e a transferência em relação ao paciente; 6- reconhecimento de suas próprias reações contratransferênciais.
    Durante todo o procedimento de supervisão faz-se entender que o supervisor deve manter várias funções das quais auxiliem o supervisionado em suas tarefas.
    Fora realizada uma pesquisa com alunos do curso de Psicologia atuantes em estágio e feita a eles algumas perguntas sobre seus respectivos supervisores, das quais de acordo com as respostas foi montado um gráfico.
Foram feitas perguntas tais como:
1. Seu supervisor apóia seu desejo de aprender?
4. Você se sente compreendido pelo seu supervisor?
5. O seu supervisor aceita os erros que você faz?
23. Com que freqüência você teve a experiência com um supervisor que tinha uma idéia pré estabelecida de que as coisas devem ser feitas apenas da sua maneira?
24. Alguma vez você se achou na posição de ter de “fincar o pé” contra seu supervisor?
27. Você sente que seu supervisor tem confiança nas suas habilidades como psicoterapeuta?

    A partir das respostas dadas pelos estagiários, pode-se concluir que houve uma alta positividade quanto a imagem do supervisor. Além disso, estudos sobre estágio em psicologia clínica observa-se que o supervisor age de maneira tal à, em primeira instância, como um professor, para explicar, corrigir e sugerir, tornando-se um modelo para uma identificação por parte do supervisionando.
    “A alta positividade denotada no estudo a que nos reportamos, para além da
percepção de qualidades e/ou virtudes do supervisor, pode embutir negação de conflitos que, se percebidos e/ou manifestados, colocariam o aluno/supervisionando em situação mais vulnerável diante do supervisor do que de um professor.”
    “O supervisor de psicologia clínica pode ser um professor idealizado, menos avaliado realisticamente em suas qualidades pedagógicas e mais poupado de críticas negativas, por ser uma figura acadêmica facilmente identificada por seus alunos como um profissional psicólogo.”
    Como sabemos, a ética tem como objetivo facilitar a relação entre indivíduos. Pois favorecerá um clima harmonioso, respeitoso e agradável, aumentará a confiança de ambas as partes e consequentemente, o trabalho será satisfatório. O contrário disso causaria sérios danos.
    A falta de respeito entre ambos, a falta de comprometimento, o descaso, o desinteresse, a apatia, a falta de confiança e outros tantos aspectos que vão contra a ética promoverá conflitos nas relações. Em se tratando especificamente da relação estagiário/supervisor, construímos um vídeo para demonstrar aspectos antiéticos.
    Ser supervisor, antes de mais nada, significa ser! Além de professor, o supervisor tem um papel de extrema importância na vida do estagiário e o que se deve nortear nessa relação é basicamente a ética profissional. Um supervisor cuja fala é coerente ao seu modo de ser, que respeita seus estagiários, que se interessa em orientar, ajudar, respaldar e estar presente, tem comportamentos éticos, básicos e necessários.     Reconhecemos a importância dos mesmos e a necessidade que temos quando não os encontramos.

Referências
 OLIVEIRA-MONTEIRO, Nancy Ramacciotti de  and  NUNES, Maria Lucia Tiellet. Supervisor de psicologia clínicaum professor idealizado?.Psico-USF (Impr.) [online]. 2008, vol.13, n.2, pp. 287-296. ISSN 1413-8271.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712008000200015.

Alunos:

Bruno Goulart 
João Gabriel Borges 
Lhorena Rafacho
Mônica Kelly
Priscila Figueredo
Renata Alves

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ÉTICA: QUESTÃO DE BOM SENSO OU APENAS OBEDECER LEIS IMPOSTAS?
Uma questão de comportamento coletivo, uns pensando nos outros para poupar suas vidas.



 
   A Psicologia do trânsito é uma área recente, quando comparada aos demais campos da Psicologia, e ainda tem a avaliação psicológica como o único reconhecimento do seu papel. Entretanto, ao psicólogo do trânsito cabe analisar o comportamento daqueles que compõem o trânsito, a fim de evidenciar as causas e consequências desses comportamentos, e trazer possíveis soluções. Nesse sentido, a ética se faz presente, pois um psicólogo precisa de elementos cerceadores na construção de um perfil profissional, tendo em vista uma capacitação para lidar com o seu objeto de estudo, no caso, o trânsito. A avaliação psicológica se utiliza desses instrumentos cerceadores, os testes. Estes abrangem todo um aparato ético e psicológico na sua validação, preocupado com uma melhor interação biopsicossocial com o cliente.
   O trânsito hoje, de acordo com o Ministério da Saúde, virou questão de saúde pública, por conta dos inúmeros casos de acidentes envolvendo motoristas, pedestres, ciclistas, e todos aqueles que constituem o trânsito. O que leva a questionar se ética é uma questão de bom senso ou simplesmente praticar as leis de transito? O assunto é bem mais abrangente do que possamos imaginar Parte desde a atuação do psicólogo na área de avaliação de motoristas capacitados até a condução de um veiculo desses mesmos motoristas no transito.
Estatísticas de acidentes no trânsito por infrações graves.







   Ética: Palavra geralmente dada ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais.  Palavra ética é derivada do grego e significa aquilo que pertence ao caráter. (yahoo respostas).

   Bom senso: vai muito além da capacidade de discernir o certo do errado. O bom senso está diretamente ligado a capacidade intuitiva do ser humano de fazer a coisa certa, falar a coisa certa e pensar a coisa certa em momentos inusitados ou não. o bom senso não envolve tanto uma reflexão aprofundada sobre um determinado tema, lugar ou situação (isso já entra no campo da meditação), mas sim a capacidade de agir e interagir, obedecendo a certos parâmetros da normalidade, face uma situação qualquer, guiando-se por um senso comum e quase completamente intuitivo.(yahoo respostas).



    Algumas frases do senso comum ligadas ao bom senso que algumas pessoas utilizam para justificar suas atitudes no trânsito e que as vezes é uma forma de se comportar mal utilizando-se do preconceito para generalizar algumas situações.
“Nossa eu tenho que dirigir para mim e para os outros”.
"Se eu tiver que morrer de batida, prefiro que seja de limão."

“Mulher no volante perigo constante.”





    Então em termos práticos, ética no transito significa “o maior respeitar e cuidar do menor” ou seja, o caminhão cuida (respeita) o carro. O carro respeita o motociclista, o motociclista respeita o ciclista e o ciclista respeita o pedestre. Depois dessa, nem precisaríamos das leis de transito para nos orientar  pois o simples fato de percebermos que o mais forte deve sempre cuidar do mais fraco os acidentes diminuiriam bastante.(motoline.com.br)

Avaliação Psicológica e Ética
Um dos maiores desafios ao trabalho do psicólogo de trânsito sempre foi a construção do perfil de bom motorista, cuja fundamentação científica ainda não foi alcançada, porém. A importância de se conhecer o perfil de bom motorista estaria na possibilidade de se desenvolverem ferramentas de avaliação psicológica em conformidade com este perfil, e que, portanto, selecionariam adequadamente os candidatos à carteira de habilitação (FARINA apud SCHWARZER, 2006).

   CONCLUSÃO: Nem sempre seguir apenas as leis de transito é suficiente. É essencial pensar além e nas pessoas usando o bom senso na pratica para evitar acidentes e consequência graves. E que a ética parte desde a atuação dos psicólogos e avaliadores de futuros motoristas à conduta destes mesmo no transito.

   Uma das condições para a resolução desse conflito no trânsito seria a mudança no comportamento e a conscientização de que o espaço público, como o nome já diz, é de direito de todos e deve ser utilizado de maneira igualitária. Para que ocorra tal mudança o meio encontrado é o da educação para o trânsito. É preciso que seja desenvolvida uma forma de educação, que além de ensinar as regras de trânsito, fosse capaz de criar cidadãos, que utilizariam o espaço público de forma respeitosa e equilibrada.

Psicologado - Artigos de Psicologia

Alunos: Ana Jessica Fernandes, Aryane Nunes, Ana Laura, Fernanda Cristina, Janaína.

Psicologia Clínica e o Código de Ética

“Ser Psicólogo é uma imensa responsabilidade. É também uma notável dádiva pois recebemos o dom de usar a palavra, o olhar, as expressões, e até mesmo o silêncio. O dom de tirar lá de dentro o melhor que temos para cuidar, fortalecer, compreender, aliviar…”
Walmir Monteiro

O que é o psicólogo clinico e a psicologia clinica:
A Psicologia Clínica é a parte da psicologia que se dedica ao estudo dos transtornos mentais e dos aspectos psíquicos de doenças não mentais. Seus temas incluem a etiologia, classificação,  diagnóstico,  epidemiologia,  intervenção (prevenção, aconselhamento, psicoterapia, reabilitação, acesso à saúde, avaliação).
O psicólogo clínico é o profissional de psicologia que trabalha na área da saúde mental. A sua formação permite-lhe fazer psicoterapia, que a depender da sua abordagem teórica pode ser psicanálise, psicologia analítica, terapia cognitiva comportamental, dentre outras.

A função/papel do psicólogo clinico
A procura de um psicólogo ocorre por varias razões. Cada paciente procura com uma demanda bastante única, mais com expectativas bem parecidas, a de que o profissional ira lhe dar as respostas sobre o que fazer com relação a sua problemática.
A psicoterapia, terapia ou analise propõe ampliar o pensamento e enxergar as historias de vida de maneira nova. Esse processo pode ser rápido ou longo, intenso ou superficial, dependendo da dupla (profissional-paciente), da disponibilidade e da necessidade desse paciente.
Há pessoas que procuram o profissional psicólogo por um assunto especifico e outros que no decorrer do trabalho descobrem casos e vivencias que requer um tempo maior juntos, mesmo porque, algumas vezes esse assunto especifico é percebido como um sintoma de uma questão maior, mais antiga. Dentro da psicologia clínica há enfoques diferenciados, os três principais são: a psicologia comportamental (também conhecida como cognitiva-comportamental), a psicologia humanista e a psicanálise. Cada área tem uma maneira de entender o ser humano e trabalhar com ele diversificada. E o alcance de cada enfoque dependerá de cada caso, bem como da adaptação do paciente tanto a área como com o profissional em questão.
Independente da área, o profissional não estará ali para dar respostas, é diferente do enfoque médico. O que fazer, que caminho escolher será uma construção a dois, onde o psicólogo vai viver junto a essa construção. Ele não tem a resposta, mais não desistira de busca-la ao seu lado, apontará idéias, reflexões e fará perguntas (muitas perguntas) que podem ser o diferencial nesta jornada.
Uma das principais funções do psicólogo é a realização de avaliações psicológicas, que tem como objetivo despistar qualquer indicio psicopatológico,  conduzindo, deste modo, à elaboração de  psicodiagnósticos  diferenciais, de estudos da estrutura da personalidade, da deterioração mental, bem como da compreensão do funcionamento mental global da pessoa.
Outra das funções é o acompanhamento psicológico/psicoterapêutico, em que o psicólogo concilia basicamente uma postura de suporte e contenção, procurando criar em conjunto com a pessoa estratégias de intervenção psicológica para diminuir, aliviar, e até extinguir o sofrimento desta, de modo a restabelecer o bem-estar e o equilíbrio emocional.

O que é a ética
Ética, do greto ethos, costume, caráter, hábito, é o estudo sistemático da natureza dos conceitos de valor, como bom/mau, certo/errado, justo/injusto, honesto/desonesto, leal/desleal etc., e dos princípios gerais que nos permitem aplicá-los a tudo que existe. Em suma, ela estuda os princípios normativos do comportamento humano e os valores morais que dirigem a vida dos  homens.
A Ética – estudo e normas da conduta correta – é também chamada de Filosofia Moral. E, para vários pensadores, é a prática da Filosofia, porque, na realidade, é a aplicação de conceitos e princípios filosóficos, os quais existem como normas, como padrões de comportamento moral
baseados numa concepção de homem, de sociedade e de objetivos comuns que devem ser realizados.

A ética que um psicólogo clinico deve ter
Entende-se que a formação ética deve fazer parte do processo de formação do profissional que irá se constituir em um fazer clínico, com atitude comprometida com a alteridade, indo em direção ao reconhecimento das singularidades e respeito às diferenças.
Dutra (2009) afirma que o Psicólogo clínico é bastante complexo, importante e crucial.
A dimensão do cuidar é proporcional a ética clínica que o psicólogo deve ter, desenvolvendo a empatia na relação paciente psicoterapeuta. Levando-se em consideração que um dos princípios da ética do cuidado é a saúde do psicoterapeuta no que concerne ao psicólogo clínico, este também deve fazer uso do cuidado, pois, para cuidar do outro, é preciso que o psicoterapeuta disponha do cuidado de si, que possibilite de forma mais ampla o convívio, o acolhimento e o reconhecimento do outro, diante do que é estrangeiro daquilo que nos difere como pessoas, considerando a singularidade subjetiva de cada um. Quando aluno de psicologia e profissional, deve ser lembrado que não é só a grade curricular que prepara o aluno para ser um profissional, mas também sua conduta ética pessoal no cotidiano, no respeito consigo mesmo e com o outro. Pois será reconhecido não só pelo seu saber teórico e metodológico, mas por uma forma de ser e estar no mundo, refletida nos saberes e fazeres do campo da Psicologia e na vida, assim, a ética é uma formação que nunca termina.
A Psicologia, embora seja plural em sua diversidade de abordagens, nos permite pensar sobre algo em comum, o cuidado com o ser humano. Isso acontece no diálogo com o outro, em que a clínica pode e deve ser um espaço para efetivação do cuidar. Cuidar este, direcionado através da teoria e técnica de forma ética, considerando o ser humano em sua dignidade de sujeito e cidadão.
Para isso, há um código de ética a ser seguido pelo psicólogo.

Código de Ética do Profissional de Psicologia
Um Código de Ética profissional, ao estabelecer padrões esperados quanto às práticas referendadas pela respectiva categoria profissional e pela sociedade, procura fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca da sua práxis, de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por ações e suas conseqüências no exercício profissional. A missão primordial de um código de ética profissional não é de normatizar a natureza técnica do trabalho, e, sim, a de assegurar, dentro de valores relevantes para a sociedade e para as práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que fortaleça o reconhecimento social daquela categoria. Este Código de Ética pautou-se pelo princípio geral de aproximar-se mais de um instrumento de reflexão do que de um conjunto de normas a serem seguidas pelo psicólogo. Para tanto, na sua construção buscou-se:

a. Valorizar os princípios fundamentais como grandes eixos que devem orientar a relação do psicólogo com a sociedade, a profissão, as entidades profissionais e a ciência, pois esses eixos atravessam todas as práticas e estas demandam uma contínua reflexão sobre o contexto social e institucional.
b. Abrir espaço para a discussão, pelo psicólogo, dos limites e interseções relativos aos direitos individuais e coletivos, questão crucial para as relações que estabelece com a sociedade, os colegas de profissão e os usuários ou beneficiários dos seus serviços.
c. Contemplar a diversidade que configura o exercício da profissão e a crescente inserção do psicólogo em contextos institucionais e em equipes multiprofissionais
d. Estimular reflexões que considerem a profissão como um todo e não em suas práticas particulares, uma vez que os principais dilemas éticos não se restringem a práticas específicas e surgem em quaisquer contextos de atuação.
Ao aprovar e divulgar o Código de Ética Profissional do Psicólogo, a expectativa é de que ele seja um instrumento capaz de delinear para a sociedade as responsabilidades e deveres do psicólogo, oferecer diretrizes para a sua formação e balizar os julgamentos das suas ações, contribuindo para o fortalecimento e ampliação do significado social da profissão.

Acesse o link para visualização completa do Código de Ética do Profissional de Psicologia e saber mais sobre Princípios Fundamentais e no que o psicólogo é vedado:  http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo_etica.pdf






Referencias bibliográficas


- Artigo: A Atuação do Psicólogo Clínico: Ética e Técnica em Discussão. Disponível: http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-clinica/a-atuacao-do-psicologo-clinico-etica-e-tecnica-em-discussao

- Código de Ética Profissional do Psicólogo: http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo_etica.pdf

- Psicologia e cuidado humano. Disponível: http://www.psicologo.inf.br/codigo_de_etica_psicologo.asp




- Psicologia clínica e ética - Do objetivo deste trabalho: a íntima relação de fundação entre a psicologia clínica e a ética:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98931989000200006&script=sci_arttext

Alunos: Camila Teodoro, Cleide Carvalho, Dinamarquês Paiva, Fernanda Pedrosa, Gilberto Francisco, Juliana Brigatto, Luana Carvalho, Nayara Oliveira, Tatianne de Moura, Thais Rodrigues.

A ÉTICA DO PSICOLOGO JURÍDICO NO CONTEXTO DE ALIENAÇÃO PARENTAL E ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL.

Para tratar sobre “A Ética do cuidar” abordaremos sobre a Ética do psicólogo jurídico em alienação parental com a acusação sexual. A psicóloga clínica e jurídica Denise Maria Perissini da Silva, no artigo “A ética do psicólogo jurídico em acusações de abuso sexual”, aborda amplamente a síndrome de alienação parental e a atuação ética do psicólogo jurídico frente às acusações.
Dentro do contexto da síndrome de alienação parental (SAP), processo comportamental construído a partir da transformação psíquica de uma criança, realizado por um dos pais, em relação ao outro, com o objetivo de romper a ligação afetiva entre a criança, o pai e sua respectiva família. Uma forma de manifestação da SAP é a acusação de abuso sexual que, infelizmente, acontece com frequência, sendo, geralmente, uma acusação falsa, por refletir os interesses do genitor alienante e não os sentimentos da criança que, por sua vez, utiliza cenários emprestados ou situações descritas que nunca foram efetivamente vivenciados, uma vez que a “mãe” constrói na cabeça da criança uma acusação de abuso sexual por parte do “pai”, como uma forma de destruir o vinculo afetivo entre os dois. Vale ressaltar que o genitor alienante se serve de todos os meios, mesmo os ilícitos e inescrupulosos, para atingir seu objetivo. É indispensável para o psicólogo jurídico compreender a síndrome de alienação parental em todas as suas dimensões, seus efeitos, suas origens e a melhor forma de combatê-la, para que assim possa intervir o mais rápido possível e as consequências não sejam irreversíveis.
É fundamental “separar o joio do trigo”, ou seja, analisar a autenticidade e a veracidade das informações obtidas, considerando que há a hipótese de serem infundadas.
Cabe à ética do psicólogo jurídico, em caso de abuso sexual, ter cuidado com as entrevistas que vão ser conduzidas com a criança, pois elas devem ser particulares e as perguntas elaboradas com muita cautela para não influenciar as respostas. Os limites da criança devem ser sempre respeitados, não cabendo, portanto, ao profissional tentar descobrir “coisas”, mas sim possibilitar o acolhimento para proporcionar a aproximação; esse comportamento facilitador fará com que a criança fale de seus problemas. O psicólogo deve estar atento ao discurso, tanto verbal como não verbal, às expressões faciais e demonstrações de sentimento, dentre outros, sendo cauteloso com os desenhos, testes, brincadeiras e jogos a serem desenvolvidos pela criança. É de extrema importância a análise do contexto familiar.
A ética nas relações envolve averiguar as configurações familiares por meio de laudos e perícias psicológicas com o objetivo de abordar também os aspectos emocionais e não só jurídicos, bem como preservar os vínculos e não acirrar conflitos. O psicólogo jurídico, mesmo na posição de perito, é inviável a afirmação da transgressão. Inadmissível é a possibilidade do psicólogo perito, durante a realização da avaliação de uma família em contexto judicial, de emitir opiniões e conclusões que se assemelhem com sentenças ou julgamentos, pois além de assumir uma função judicante, são posicionamentos cheios de juízos de valor que se afastam da Psicologia enquanto ciência e profissão. Para garantir o maior interesse da criança é necessário haver integração entre o Direito e a Psicologia.
Na síndrome de alienação parental com acusações de abusos sexuais onde há relatos falsos e verdadeiros, é importante saber distingui-los. Dessa maneira, efetivamente, a criança poderá ser ajudada no seu comportamento adotado, assim como a família que utiliza as falsas informações em beneficio próprio, já que é inegável a presença dos pais na vida da criança, pois eles são fundamentais para o seu desenvolvimento psíquico. Não cabe à ética da psicologia jurídica a pendência para nenhuma das partes, e também ela não segue uma lógica entre o certo e o errado, e sim a relativização dos conceitos para que as pessoas tomem consciência de seus sentimentos, pensamentos e ações. Vale lembrar que os profissionais devem atentar à ética profissional, para não colocar em risco sua carreira e sua reputação.

            A partir do artigo de Denise Maria Perissini da Silva criamos um vídeo baseado em um caso de alienação parental e acusação de abuso sexual, com o objetivo de demonstrar qual seria atuação ética do profissional da psicologia jurídica nesse contexto.






Autores: Elisa Chagas de Melo, Karine Ferreira Santos Mendonça, Maria Eduarda Silva Borges, Nágela de Sousa Machado, Tatiane dos Santos Cunha.

Referência Bibliográfica:




domingo, 27 de outubro de 2013

A ética na Psicologia Jurídica: Adoção por casais homoafetivos


Durante muito tempo o pai era o chefe da família, mas com as modernidades dos dias atuais várias mudanças vêm acontecendo e a concepção de família esta ampliando cada vez mais.
Podemos citar como exemplos dessa nova configuração familiar a compreensão e inclusão a adoção, a monoparentalidade, e os casais homoafetivos.
E esses arranjos não devem ser entendidos como decorrentes de uma crise na instituição família, mas como um reflexo de mudanças na sociedade. (ARAUJO at el., 2007; CECCARELLI, 2007; GUIMARÃES e AMARAL, 2009).
Giddens (1993) afirma que essas transformações contribuíram para o surgimento de novas formas de relacionamentos, conjugalidade e parentalidade.
Primeiramente precisamos ver o interesse da criança sobre a adoção, analisar se o ambiente familiar pra onde ela esta indo é saudável. O objetivo da adoção é conseguir uma família para a criança e não uma criança para a família que esta sem filhos. A adoção garante a criança o direito a uma convivência familiar.
A união homoafetiva é um fato na sociedade e não pode ser ignorada ou negada pelo Estado. Em muitos países a adoção por homoafetivos é permitida e em alguns outros, apenas o casamento é legalizado.
Quando relacionamos adoção com a homoafetividade, precisamos ter bem claro que os maiores interessados são as crianças e os adolescentes. Precisamos garantir a eles a convivência familiar e comunitária e enfatizar o interesse dos adotados e não o preconceito da sociedade.
Nem todos os heteroafetivos são aptos a adotar uma criança e o mesmo é considerado para os homoafetivos. Quando a pessoa quer adotar precisa avaliar as particularidades de cada caso e não a orientação sexual.
Apesar de a adoção homoparental gerar polêmica e controvérsias ela esta cada vez mais presente na sociedade contemporânea.
Matos (2006, p.55) enfatiza que a homossexualidade dos pais, por si só não determina a identidade do gênero e orientação sexual da criança.
Assim como adotar uma criança não é uma tarefa simples, ter os próprios filhos biológicos também não é.
O Estatuto da Criança e Adolescente (BRASIL, 1990) no artigo 7º assegura que toda criança e adolescente têm direito à proteção, à vida e à saúde, mediante a efetivação e políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.
Priorizar a convivência familiar e o direito de ser criado e educado no seio de uma família substituta, a toda criança ou adolescente que foi impossibilitado de conviver com sua família originária. Advogados, psicólogos, assistentes sociais, que até então, não obstante a relevância dos trabalhos desenvolvidos na área, não merecia a devida consideração da legislação menorista.
 A psicologia e o serviço social foram inseridos no âmbito forense enquanto conhecimento científico, como prova processual. A atuação desses profissionais foi compreendida como uma atividade pericial que objetivos elementos para auxiliar em decisões judiciais, e de extrema importância, conforme já exposto, o estudo psicossocial pela equipe interprofissional no processo de adoção, a fim de subsidiar o poder judiciário e o ministério público nas decisões de habilitação para a adoção. As famílias adotivas, aos poucos, vêm adquirindo visibilidade, saindo da clandestinidade a que havia sido relegada, sufocadas pelo estigma dos mitos e preconceito arraigados no imaginário popular. O processo de adoção, embora hoje visto de forma mais clara e regulamentada, ainda é marcado por certas dificuldades, preconceitos, fala de acompanhamento psicológico e burocracia, o que pode ser fator desmotivador para os candidatos á habilitação ao papel de pais. Reforça-se a importância do trabalho do psicólogo nos casos de adoção, oferecendo suporte e orientações durante esse percurso tão importante e transformador na vida de crianças/jovens adotados, bem como de seus pais (independente de suas orientações sexuais) e demais familiares.
Priorizar a convivência familiar e o direito de ser criado e educado no seio de uma família substituta, a toda criança ou adolescente que foi impossibilitado de conviver com sua família originária. Advogados, psicólogos, assistentes sociais, que até então, não obstante a relevância dos trabalhos desenvolvidos na área, não merecia a devida consideração da legislação menorista. A psicologia e o serviço social foram inseridos no âmbito forense enquanto conhecimento científico, como prova processual. A atuação desses profissionais foi compreendida como uma atividade pericial que objetiva elementos para auxiliar em decisões judiciais, e de extrema importância, conforme já exposto, o estudo psicossocial pela equipe interprofissional no processo de adoção, a fim de subsidiar o poder judiciário e o ministério público nas decisões de habilitação para a adoção. As famílias adotivas, aos poucos, vêm adquirindo visibilidade, saindo da clandestinidade a que havia sido relegadas, sufocadas pelo estigma dos mitos e preconceito arraigados no imaginário popular. O processo de adoção, embora hoje visto de forma mais clara e regulamentada, ainda é marcado por certas dificuldades, preconceitos, fala de acompanhamento psicológico e burocracia, o que pode ser fator desmotivador para os candidatos á habilitação ao papel de pais. Reforça-se a importância do trabalho do psicólogo nos casos de adoção, oferecendo suporte e orientações durante esse percurso tão importante e transformador na vida de crianças/jovens adotados, bem como de seus pais (independente de suas orientações sexuais) e demais familiares.
O crime, o desejo, o abandono, a loucura, a família, os litígios, as soluções singulares, a adolescência, as crianças, as políticas, os impasses, as subjetividades, o cotidiano das práticas da psicologia e do direito, as instituições e a incidência da lei são campos da psicologia jurídica.
O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito e na promoção da liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano, apoiado nos valores que embasam a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
                                           
Assistam o vídeo 
Comentários preconceituosos fazem criança chorar!         

 http://www.youtube.com/watch?v=TgO55gfu8Y0





                                         REFERÊNCIAS 

     Guia para o exercício profissional: Autor Conselho Regional de Psicologia, 6º exemplar. Disponível na biblioteca da Unitri

     ARAUJO, L. F de; OLIVEIRA, J. S. C. de; SOUSA, V. C. de; CASTANHA, A,     R. Adoção de crianças por casais homoafetivos: um estudo comparativo entre         universitários de Direito e de Psicologia. Psicologia e Sociedade, Porto Alegre, v. 19, n. 2 p. 95 – 102, ago. 2007. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S0102-7 18220070002000 3&ing=en&rn=iso>. Acesso em: nov. 2010.
   
     GIDDENS, A transformação da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. São Paulo: Ed. UNESP, 1993.

      MATOS, A. C. H. Filiação e homossexualidade. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO DE  FAMÍLIA, 5., 2006. Anais... São Paulo: IOB Thompson, 2006.

Alunas:
Ana Paula de Araujo
Jaline Bárbara de Almeida Rezende
Joyce Franciele Gonçalves Silveira
Naiara Gomes Meireles
Sandra Maria Rodovalho 

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quinta-feira, 23 de maio de 2013

A SUPERVISÃO DE ESTÁGIO EM PSICOLOGIA CLÍNICA — RELAÇÃO ENTRE SUPERVISOR E SUPERVISIONADO



A partir do artigo de Mariana Cardoso Barreto e Janaína Bianca Barletta criamos uma personagem que é uma estudante de Psicologia, Ana Sokeamate  de 20 anos de idade que inicia seu estágio em clinica, nosso objetivo é demonstrar o quão desafiador é este momento para a formação profissional.



Para melhor compreendermos a relação entre supervisor e supervisionado no curso de Psicologia clínica, apresentamos a entrevista concedida pela aluna Ana Sokeamate, integrante do curso, sobre o assunto aos alunos do 5º período do curso de Psicologia.
JORNAL DO POVO - Pergunta – Como você tem lidado com essa necessidade de supervisão no seu estágio? Para você isso é mesmo importante?
ANA SOKEAMATE - Resposta - Eu penso que um bom profissional não nasce pronto. Considero que seu conhecimento e suas técnicas vão se desenvolvendo durante suas vivências. Portanto, o estágio torna-se essencial para que o aluno adquira experiência em atendimento; o estágio supervisionando pode então ser visto como o primeiro passo para o trabalho profissional, capaz de desenvolver postura ética, metodológica, teórica e prática.
JORNAL DO POVO - Pergunta –   De que maneira esse trabalho tem sido feito  no curso de Psicologia ?
ANA SOKEAMATE - Resposta -   O processo de supervisão pode se dar em forma de relato, em que o supervisionando apresenta ao supervisor os acontecimentos decorrentes no atendimento terapêutico. O supervisor, por sua vez, elabora observações sobre o comportamento do estagiário, com as devidas orientações. Mas, pelas contingências encontradas nessa forma de supervisão, busca-se também outras formas de aprendizagem como, por exemplo, leituras específicas, observações, seminários, entre outros.
JORNAL DO POVO - Pergunta – Que peso teria, na sua opinião, a função do supervisor ?
ANA SOKEAMATE - Resposta - A função do supervisor é de muita responsabilidade, pois além de formar um terapeuta, cabe a ele garantir um atendimento adequado ao cliente. Para isso, o supervisor deve desenvolver sua habilidade interpessoal e junto ao seu supervisionando deve direcionar sua aprendizagem: isso é fundamental para a eficácia do processo de supervisão. É evidente, porém, que a responsabilidade de formar o terapeuta não é apenas do supervisor; depende do trabalho de toda equipe docente, realizado durante a graduação, além da dedicação e interesse do aluno, que é essencial. Cabe ao supervisor o papel de desenvolver uma postura assertiva para expor erros, dificuldades e potencialidades, a fim de criar uma relação de confiança e colaboração mútua entre o grupo.
Desta forma, segundo a revisão literária feita por Lima (Apud BARRETO e BARLETTA, 2010.), o supervisor de estágio tem cinco funções: 1. Informar aspectos técnicos, teóricos e científicos atuais relevantes para a psicoterapia; 2. Questionar, isto é, problematizar as questões que aparecem em supervisão levando a uma descoberta guiada do aluno; 3. Sugerir caminhos práticos e éticos para a condução clínica; 4. Encorajar o supervisionando a ação; 5. Avaliar no sentido formativo, para facilitar um olhar para os pontos positivos e negativos da atuação do aluno.
JORNAL DO POVO - Pergunta – Além de uma boa formação acadêmica, que outras habilidades podemos esperar por parte de um bom terapeuta?
ANA SOKEAMATE - Resposta - Um bom terapeuta deve desenvolver assertividade, expressividade emocional e a habilidade de perceber aspectos de si durante o atendimento, descritos em termos de autossensação, autopercepção, auto-observação e autoconhecimento.



Referência:


2.       CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. Petrópolis: Vozes, 2007.


Autores: Dalson Messias Matos, Daniel Junior Rodrigues, Fernanda Maria Curaçá Magalhães, Ivo Alexandre Costanti Da Silva, Lídia Cândida De Oliveira, Moabe Tomaz De Aquino, Patrícia  Ribeiro Campos, Suellenn De Souza Gonçalves Mól .