terça-feira, 26 de maio de 2015

A Ética dos Cuidados Paliativos com pacientes com câncer em fase terminal


A palavra ética origina-se do grego- ethos cujo significado é “modo de ser” ou “caráter”. É um ramo da filosofia e está relacionada aos estudos de valores morais que orientam o comportamento do indivíduo na sociedade e são explicadas de forma racional, estruturada, científica e teórica.
Em toda profissão existe um Código de Ética e na Psicologia não seria diferente. O Conselho Federal de Psicologia é o responsável por orientar, fiscalizar e disciplinar as atividades realizadas pelo Psicólogo, respeitando este Código.
O projeto interdisciplinar do 5º período, do Curso de Psicologia da UNITRI, propõe que pensemos numa ética do cuidado profissional com o paciente e vice-versa.  A partir desta consideração, os executores deste projeto pensaram em investigar a proposição do trabalho em pacientes com câncer e, em especial, os cuidados paliativos no tratamento desta enfermidade.
Há muito tempo o câncer é considerada como um tabu, pelo seu  relacionamento  com a suposição de ser uma doença incurável ou quase sinônimo de morte. Segundo o Conselho Federal de Psicologia, o profissional da área tem o dever de promover a saúde e o bem estar dos indivíduos. O Psicólogo Hospitalar propõe então dar suporte ao paciente, para que ele possa enfrentar as consequências da doença com maior facilidade e boa aceitação. Ele vai auxiliar não somente na área de doenças psicossomáticas, mas em qualquer tipo de doença que o paciente se encontra, juntamente com a equipe composta por médicos, enfermeiros e toda a equipe hospitalar.
 Na fase de diagnóstico da doença, o psicólogo tem o papel de ajudar no ajustamento psicológico do paciente, seus familiares e toda a equipe médica. É de se esperar que um diagnóstico desta natureza venha a afetar o emocional de todos os envolvidos.
Após o diagnóstico de um câncer terminal, de acordo com Girond e Waterkemper (2006) 50% dos pacientes não são beneficiados com as práticas terapêuticas, podendo representar uma morte mais acelerada, pois se preocupam mais com a funcionalidade do corpo e como não existem possibilidades de tratamento, a doença progredirá e o paciente não terá suporte psicológico para lidar com a situação. Mas, o paciente com câncer terminal necessita de cuidados psicológicos para, de certa forma, lidar com a morte, surgindo, assim o cuidado paliativo.
O cuidado paliativo foi criado em 1970, pela Dra. Cecily Saundeers, que fundou o St. Christopheris Hospice. De acordo com a Organização Mundial de Saúde este cuidado tem como objetivo reafirmar a vida de pacientes que são ameaçados por doenças que atrapalham a continuidade da mesma, considerando o processo de morte/ morrer algo natural, não adiando ou apressando a morte, mas oferecendo alívio da dor e de outros sintomas que causem sofrimentos, integrando aspectos psicológicos e espirituais, oferecendo apoio ao paciente para este viver tão ativamente o possível, até a morte. Dando apoio psicológico também aos familiares no enfrentamento da doença e no processo de luto.
Segundo Brombergl (1998) com o cuidado paliativo, no inicio do século, houve quedas nas taxas de mortalidade. Os pacientes terminais e seus familiares passaram a se sentir melhores, pois antes a equipe médica limitava-se ao cuidado do funcionamento do corpo e esquecia-se do cuidado psicológico do paciente.
Com isso, conclui-se que a ética, nesse contexto, é de suma importância, pois enfrentar o processo da morte não é fácil para a maioria dos seres humanos. O trabalho do psicólogo é proporcionar um bem estar para o paciente cancerígeno, fazendo com que este viva ativamente seus últimos momentos. É o exercício da ética que faz bem tanto para o indivíduo como para sua família, ajudando no processo de aceitação e luto. É importante também para a equipe médica responsável, que acompanhará, de perto, a fase terminal do seu paciente.
O Hospital do Câncer de Uberlândia possui um Setor de Cuidados Paliativos e o vídeo a seguir mostra uma entrevista feita com a Sra. Ilma, que é voluntária do setor, desde quando o hospital foi fundado, contando-nos como é o trabalho oferecido aos pacientes.


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
GIROND, Juliana Balbinot Reis; WATERKEMPER, Roberta. Sedação, Eutanásia e o processo de morrer do paciente com câncer em cuidados paliativos: compreendendo conceitos e inter-relações. Florianópolis: Cogitare Enferm. 2006. v. 11, n. 3, p.258-263.
CASTRO, Déborah Azenha; Psicologia e ética em cuidados paliativos. Brasília Dec. 2001, v. 21, n. 4.
BROMBERGL, Maria Helena Pereira Franco; Cuidados paliativos para o paciente com câncer: uma proposta integrativa para equipe, pacientes e famílias. São Paulo: Sumuus. 1998.


Alunas 5° Período de Psicologia
Ana Carolina G de Carvalho, Camilla Mundim Pereira, Débora Mendes Assunção, Izabele Assunção Silva, Jéssica Raiane C. Silva, Taiany Rodrigues dos Santos e Thaís Mendonça Mageste.

1° Semestre de 2015.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Ética na docência de Psicologia



O termo “Docência“ tem origem no latim – “docere” que significa ensinar, instruir, mostrar. Já no exercício podemos atribui a função de ensino, pesquisa e a administração em diversos setores da universidade (ZABALZA, 2004 apud VEIGA, 2006).

Para a docência em qualquer área é indiscutível a necessidade do docente possuir de  conhecimentos teóricos. Mas a Ética tem um papel importantíssimo, pois no âmbito da ética o professor é levado a uma reflexão ampla de todas as dimensões de seu trabalho, o produto disto é uma ressignificação de seu trabalho que influencia diretamente a forma de ensino e a relação professor-estudante, consequentemente transformando a universidade um espaço construtor de bem comum, a cidadania (RIOS, 2009).

Um ponto negativo que há atualmente, é que de forma genérica os docentes não possuem um Código de Ética para determinar o exercício da profissão dentro de valores relevantes para a sociedade, mas no caso dos docentes de Psicologia o  Código de Ética Profissional menciona que os estudantes deverão ser orientados e exigidos quanto a observância dos princípios contidos no código de ética do Psicólogo.

Para que o ensino-aprendizagem seja realizado de maneira adequada existem algumas diretrizes básicas que ajudam a ter um melhor desenvolvimento de maneira satisfatória, são elas:
  •  “O relacionamento entre professor-estudante, seja viabilizada a experiência do estudante, encaminhando-o a posturas éticas, proporcionando-lhes uma humanização em detrimento da robotização;
  • O professor, no processo de sua formação, seja despertado a necessidade de valorização do “Ser” sobrepondo-se ao “Ter”;
  • A educação esteja sustentada na compreensão da interação e da reflexão critica sobre os pressupostos humanos, no sentido do crescimento sadio, tanto do professor quanto o aluno ensinado
  •    Questões éticas seja oportunidade de dimensionar a formação para a cidadania, não somente no aprendizado, mas na vida cotidiana dos envolvidos no ambiente de ensino e no social. A cidadania deve ser o ponto de saída para a formação ética, tanto do professor que ensina quanto do aluno que aprende e leva esse conhecimento para sua vida cotidiana;
  •  Novas configurações sociais, influenciadas pela globalização, centrem-se nas questões que são articuladas entre a igualdade e a desigualdade, a identidade e a diferença, o consenso e o dissenso;
  • O Espirito Ético esteja sempre na vida e na atitude profissional do professor para sensibilizar seus alunos para as questões de retidão e de caráter, de responsabilidade, de compromisso, de viabilização da presença de valores essenciais ao homem” (DALBERIO, 2012).
Para concluir este tema convidamos a assistir entrevista realizada com o Dr. Celso Gonçalves docente de Psicologia no Centro Universitário do Triângulo.





Universitários: Andressa Araújo, Camila Torino, Gleidson Sibilino, Jhon Braga, Raíssa  Ellen, Stefane Trindade , Valeska Marques.

Referências
DALBERIO, Osvaldo. ÉTICA, MORAL E VALORES DO PROFESSOR E DO ALUNO. Revista Triângulo, v. 4, n. 1, 2012.
RIOS, Terezinha Azerêdo. Ética na docência universitária: a caminho de uma universidade pedagógica. São Paulo: Universidade, 2009.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Docência Universitária na Educação Superior. 2006.

A ÉTICA DO CUIDAR DO AUTISMO

Andreza Honorato Costa; Fernando Henrique Moura de Oliveira; Lívia Mantelli Pires; Lorena Luzia da Silva; Marklene Amorim dos Santo; Patrícia Mendonça Vieira Borges.


 O autismo é classificado como um dos transtornos invasivos do desenvolvimento, sendo atualmente considerado o principal deles (Moraes, 2011). Seu diagnóstico é realizado na observação de comprometimentos qualitativos no desenvolvimento da interação social e da linguagem, podendo observar também um comportamento repetitivo e um inventário restrito por parte de interesses e atividades. As manifestações do autismo podem variar de criança para criança e somente é identificada após várias consultas médicas; quando o diagnóstico é dado e há intervenções até por volta dos três anos de idade, as chances de apresentarem ganho para o seu desenvolvimento são maiores.


A etiologia do autismo pode ser associada a vários fatores, como: lesões neurológicas, rubéola congênita, fenilcetonúria, esclerose tuberosa, febre muito elevada, evidências de complicações perinatais e síndrome de Rett – Deterioração neuromotora, com ênfase em crianças do sexo feminino. Alguns dos indivíduos autistas têm convulsões em algum momento da vida.
O diagnóstico do autismo infantil, baseado no DSM-IV (1995) é caracterizado por um comprometimento acentuado no uso de múltiplos comportamentos não-verbais, tais como: contato visual direto, expressão facial, posturas corporais e gestos para regular a interação social e acentuado fracasso em desenvolver habilidades, com os pares, apropriadas ao seu nível de desenvolvimento. Existe uma falta de tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações com outras pessoas, e não há reciprocidade social ou emocional. O comprometimento qualitativo na comunicação é acentuado pelo atraso ou ausência total de desenvolvimento da linguagem falada. Nos casos em que a fala é adequada, existe um acentuado comprometimento da capacidade de iniciar ou manter uma conversação. É comum o uso estereotipado e repetitivo da linguagem ou linguagem idiossincrásica (SOUZA e col., 2004).
O mundo do indivíduo com autismo é classificado, organizado e sistematizado; mesmo com todas dificuldades de comunicação e relação, é possível que haja formas de expressão desse seu mundo. Pode apresentar também, alto nível de inteligência, geralmente com habilidades para uma área específica.
O tratamento é baseado na atenção multiprofissional frequente e repleto de exames clínicos para diagnóstico, por toda vida, o que deixa o seu custo inviável para muitas pessoas. Há possibilidades de traçar um plano terapêutico, o que possibilitaria uma redução do comprometimento no processo de desenvolvimento, porém isso só é possível através de um diagnóstico precoce.

                                     


O indivíduo com autismo vem enfrentando vários desafios no decorrer de sua história e um deles é o da ‘inclusão social’, pois para um autista estar inserido no ambiente social, educacional, profissional é necessário que esse meio e as pessoas que nele estão inseridas, tenham um mínimo de preparo ético e organizacional para receber e conviver com o indivíduo que apresenta esse transtorno. Essa inclusão diz respeito ao ambiente de convivência de todas as pessoas, no dia-a-dia e não instituições voltadas para o cuidado do autista; porém a maior dificuldade encontrada nesse processo é a falta de organização do espaço físico e da ética, principalmente profissional, para um treinamento, auxílio, ensino, educação de qualidade, que também é direito do indivíduo autista, para que ele possa exercer, de acordo com sua capacidade, um papel social.
O tema “a ética do cuidar do autista” foi escolhido pelos integrantes do grupo, porque é de grande importância que os trabalhadores da área da saúde, tenham entendimento sobre o assunto e também da forma de tratamento apropriado para os indivíduos portadores desse transtorno. A Psicologia, juntamente com uma equipe multidisciplinar, desempenha várias contribuições nesse processo de tratamento do autista, podendo auxiliar nos processos de mudanças comportamentais, emocionais, cognitivas, no desempenho de papéis, na formação de novas habilidades, no desenvolvimento de relacionamentos sociais, a partir de técnicas específicas e adequadas.

Logo abaixo, apresentaremos o vídeo com a entrevista que o integrante do grupo Fernando Moura, realizou com a diretora do Centro de Convivência Autismo e Otimismo, Carina Regatieri Pongeluppe.






Referências:
MORAES, César de. Autismo Infantil: aspectos clínicos e epidemiológicos. Debates em Psiquiatria, ano 1, n.2, p.6 – 9, mar./abr. 2011.


SOUZA, José Carlos et al. Atuação do psicólogo frente aos transtornos globais do desenvolvimento infantil. Psicol. cienc. prof. [online]. 2004. vol. 24. n2. pp. 24-31.


A ética na Psicologia da Saúde.




A ética na Psicologia da Saúde.
Alunas do 5º período
- Alcione Renata Azarias
- Bianca Roberta
- Elisângela Borges
- Maíla Monteiro
- Maria Clara Valaci
- Neiva Saraiva

          Escolhemos falar da ética na Psicologia da saúde, primeiramente por ser uma área nova para nós e com uma vasta extensão na sua área de atuação. E também abordaremos o tema “ética”, pois, é um conceito de extrema importância para a atuação de qualquer profissional em sua área de trabalho.
                           
           A psicologia da saúde é uma área da psicologia que procura estudar a relação conjunta entre comportamento e saúde. Busca compreender como os fatores biológicos, sociais e comportamentais se relacionam e influenciam tanto na saúde, quanto na doença (APA, 2003). Essa área, atua também em campanhas para prevenção, avaliação e tratamento de doenças.
             
              O papel do Psicólogo em instituições de saúde é bem amplo,podendo atuar em hospitais,ONGs,casa do paciente ( que chamamos de Acompanhante Terapêutico),centros de saúde,etc. Um exemplo para entendermos melhor o papel desse profissional são os programas de prevenção de câncer de mama, em que o psicólogo atua de forma conjunta com outros profissionais para desenvolver a educação em saúde e prevenção da doença.


               E como em qualquer área,nesta também há um conceito muito importante é sobre a  Ética, em que o mesmo pode ser definido como uma reflexão crítica sobre a moral,ou seja, pensar naquilo que se pratica e repensar os costumes e regras impostas pela sociedade.
            
                Quando relacionamos Ética com a Psicologia da Saúde,
Medeiros (2002) cita três pontos fundamentais para o exercício da ética da saúde : 1- A psicologia deve pautar-se no código de Ética Profissional do Psicólogo, pois o seu comprimento garante uma postura ética. 2- O psicólogo deve agir com base em suas convicções pessoais, guiado por seus valores e princípios, construídos ao longo de sua formação pessoal e profissional. 3- O psicólogo deve agir tendo como base princípios éticos que servem a todos ou princípios que não priorizem crenças e valores pessoais.
                 
   O campo da Psicologia da Saúde, é bem extenso e está cada vez mais ganhando seu lugar nas práticas psicológicas, e uma de suas conquistas não só nessa área, mas da psicologia como um todo, é o reconhecimento sobre a importância da mesma para os indivíduos e para a sociedade em geral.


  A seguir, será apresentado uma entrevista com a psicóloga Graciela Neves, responsável pelo setor da UTI da Pediatria no Hospital do Câncer de Uberlândia. A entrevista consiste em uma breve explicação sobre o tema proposto e o ponto de vista da própria psicóloga sobre a ética na Psicologia da Saúde.

Referências
1-    MEDEIROS, Amanda Giane, Por uma ética na saúde: algumas reflexões sobre a ética e o ser ético na atuação do psicólogo. Psicologia: ciência e profissão, 2001.

2-     RANGE, Bernard. Psicoterapias: Cognitivas Comportamentais. Artmed, Porto Alegre 2000.




Acessibilidade para pessoas com deficiência: uma questão ética.


Fonte: http://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2012/05/28/calcadas-para-cadeirantes/

Ao pensarmos numa Ética do cuidado, escolhemos refletir sobre a atuação do psicólogo no âmbito da questão da acessibilidade para pessoas com deficiências.
 De acordo com o código de ética profissional do psicólogo, este tem um compromisso social com sua profissão. Em um dos princípios fundamentais citados nesse manual apresenta algumas responsabilidades do profissional como: “O psicólogo trabalhará visando promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Considera-se a pessoa com deficiência aquela que se apresenta em caráter permanente, perdas ou reduções de sua estrutura, ou função anatômica, fisiológica, psicológica ou mental, que gerem incapacidade para certas atividades.
Uma pessoa pode ter deficiência única ou deficiência múltipla que é associação de uma ou mais deficiências. As várias deficiências podem agrupar-se em quatro conjuntos distintos sendo eles: deficiência visual, motora, mental e auditiva.
O censo de 2010, divulgado pelo IBGE aponta que 45,6 milhões de pessoas declararam ter ao menos um tipo de deficiência o que corresponde a 23,9% da população brasileira. A maior parte delas vive em áreas urbanas. A deficiência visual foi a mais apontada, atinge 18,8% da população. Em seguida vêm as deficiências motoras: 7%, auditiva: 5,1% e mental ou intelectual: 1,4%.
A ONU, em 2006, propôs uma convenção dos direitos das pessoas com deficiência, em Nova York, onde vários países participaram. Essa reunião teve o objetivo de promover, proteger e assegurar o exercício pleno e imparcial de todos os direitos humanos e liberdades por parte de todas as pessoas com deficiência e favorecer o respeito pela sua dignidade.
O Brasil, em 30 de março de 2007, assinou em Nova York, a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência, surgindo assim o decreto 6.949 de 2009.
O presente decreto teve como objetivo a criação de programas para integração social, facilitação e acesso aos meios públicos, inserção do deficiente no mercado de trabalho, participação de inclusão na sociedade, respeito pela diferença e eliminação de obstáculos e barreiras no acesso público e privado, garantindo assim a acessibilidade.
Acessibilidade é a qualidade do que é acessível, ou seja, que tem acesso fácil. A acessibilidade oferecida aos deficientes é regida por lei, a Presidência da República através do decreto nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004, regulamenta a lei nº 10.048 de 08 de novembro de 2000 que dá prioridade ao atendimento de pessoas com deficiência e idosos com idade igual ou superior a 60 anos, às lactantes e as pessoas acompanhadas com crianças de colo, e a lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000 que estabelece normas gerais e critérios básicos para promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Essa acessibilidade serve como uma forma de eliminar todas as pedras que estão no caminho dos deficientes, tornando a vida daquele indivíduo mais fácil, seja ao pegar um ônibus, ir ao supermercado ou ir à faculdade.
O espaço público não deve ser elaborado pensando apenas no homem “normal” que possui todas as habilidades físicas e mentais. É necessário construir rampas, vias de acesso, para atender as necessidades da pessoa com deficiência garantindo assim a sua dignidade, para que de fato sua cidadania seja exercida.
Essa lei da acessibilidade é importante, pois possibilita um maior acesso dos deficientes no meio social, por exemplo: jovens com deficiências podem ir ao cinema, prestar vestibular, assistir jogos de futebol; pessoas em cadeira de rodas podem usar os sanitários de forma independente; pessoas cegas podem andar livre e seguramente pelas calçadas. É importante termos em mente que as pessoas com deficiência ou incapacidades tem o direito de estar nos mesmo lugares que nós estamos.
Para que a lei da acessibilidade seja assegurada é necessário que haja fiscalização por parte dos órgãos públicos. De acordo com o Jornal Correio de Uberlândia, atualmente há uma maior fiscalização e a partir de uma vistoria foi constatado que alguns lugares da cidade de Uberlândia-MG, como restaurantes, boates, igrejas, lojas, academias, cinemas, dentre outros, não estão preparados e equipados para receberem esses deficientes. Sem as licenças necessárias esse espaço é interditado para que o dono do estabelecimento tome as medidas cabíveis para adequar o local às normas. Caso isso não ocorra, é definido o fechamento.
Dentro da questão da deficiência, da incapacidade e da desvantagem o psicólogo tem um papel importante e fundamental, pois auxilia o indivíduo a se relacionar com o meio e a forma como o meio interfere no indivíduo. O papel do psicólogo na inclusão social dos portadores de necessidades especiais é praticar o enfrentamento e  lidar com a exclusão tentando introduzir principalmente a afetividade no cotidiano dessas pessoas e procurar combater  a visão individualista da sociedade.


O vídeo a seguir é uma entrevista sobre a acessibilidade das pessoas com deficiência com o professor Celso Gonçalves, doutor em Psicologia do Desenvolvimento e professor do Centro Universitário do Triângulo - UNITRI.




- Aline Batista Pereira
- Anna Flávia Alves Faria 
- Évelin Guimarães Félix
- Graziele Silva Dutra
- Jéssica Carvalho Costa
- Larissa Alves de Freitas
- Raíne Santos Muniz

Alunas 5º período de Psicologia manhã-Unitri/1º semestre de 2015.

A Ética do Cuidar na Guarda Compartilhada


A Lei 13.058/2014 sancionada em dezembro de 2014 veio regulamentar a modalidade da guarda compartilhada, introduzida ao Código Civil Brasileiro pela Lei 11.698/2008.
A mudança legislativa é um instrumento importante à formação de uma nova cultura, uma forma de proteger a vulnerabilidade da criança diante da separação dos pais.
Anteriormente a Lei era unilateral, voltando a guarda para a mãe, e pode ser vista como um marco no Direito da Família, que poderá ser capaz de amenizar os problemas vindos da separação conjugal dos pais.
A mudança na Lei afirma que não é a conveniência dos pais que deve orientar a definição da guarda, e sim o interesse do menor. A denominada guarda compartilhada não consiste em transformar o filho em objeto à disposição de cada genitor por certo tempo, devendo ser uma forma harmônica ajustada pelos pais, que permita aos filhos desfrutar tanto da companhia paterna como da materna, num regime de visitação bastar ampla e flexível, mas sem perder suas referências de moradia.
A guarda compartilhada não pode trazer maior prejuízo para os filhos do que a própria separação dos pais. É imprescindível que exista entre os pais uma reação marcada pela harmonia e pelo respeito, na qual não existam disputas e conflitos.
A edição da nova lei da guarda compartilhada vem causando grande discurso o, porém, para entendermos o surgimento dessa lei deve ser entendido todo processo de mudança do conceito família e os papeis que cada membro representa perante a sociedade, ou seja, suas representações sociais.
Culturalmente o modelo de figura paterna era visto como autoritário e serio cuja maior tarefa era de prover os bens materiais para a família, enquanto a mãe era responsável por criá-los, instrui-los e tratar da casa.
Segundo SCHNEEBELI, F.C.F. & MENANDRO, M.C. S (2014), o amor materno é uma construção cultural por meio do qual se pretende que a mulher permaneça no ambiente doméstico, devido a isso usou-se a premissa do amor materno, ou seja, que não há ninguém mais preparado para cuidar dos infantes que a própria mãe.
Porém como nossa sociedade é dinâmica e está sempre em processo de mudança mudou-se a constituição do modelo familiar e os papeis dos responsáveis; o modelo de mulher, mãe, cuidadora e dona do lar não existe mais, pois a mulher agora trabalha e é independente, as tarefas domesticas e educação dos filhos passa a ser tarefa de ambos.
O modelo de família convencional autocrático onde apenas o homem “chefe da família” como era chamado provia as necessidades financeiras e tomava as decisões passou a ser democrático, ou seja, todos tem voz ativa.
Essas mudanças tornaram a figura paterna capaz de criar e educar os filhos.
Portanto no caso da guarda compartilhada pode-se dizer que a legislação apenas acompanhou a mudança de cultura, com o intuito da divisão das responsabilidades parentais em prol do bem estar das crianças.
Segundo CUNHA (2000), o psicólogo tem de oferecer subsídios nas intervenções judiciais a partir de uma ótica psicológica com o intuito de atenuar as consequências psicológicas na criança após a separação consensual ou litigiosa.
É um trabalho paralelo com o Direito e tem a função de proporcionar o melhor para a criança, através de um olhar profissional, sem preconceitos e que favorece a continuidade familiar nesse contexto. Visa prestar auxílio para a resolução de conflitos na estrutura familiar através de um trabalho especializado e comprometido com o bem-estar biopsicossocial da criança.                                                                      
A guarda dos filhos é um dos fenômenos mais complexos em Psicologia, pois se configura como um desafio a esse profissional que se propõe em realizar uma avaliação e emitir um posicionamento sobre as questões familiares que diz respeito em decidir quem é o genitor mais adequado para ter à custódia da criança.   
A psicologia utilizará a mediação para atuar em diversas situações conflitantes, nesse caso, direcionará seu olhar para as questões familiares ou conjugais com o intuito de ser uma via alternativa e complementar na resolução dos problemas no que tange à guarda dos filhos. Para realizar tal mediação, o psicólogo deverá ter habilidades específicas, atitudes e conhecimentos que possam fazer uma interseção entre a Psicologia e o Direito, contribuindo com um modelo responsável e coerente de atuação.








REFERÊNCIAS:
SCHNEEBELI, F.C. F. & MENANDRO, M.C.S. (2014). Com quem as crianças ficaram? Representações sociais da guarda dos filhos após a separação conjugal. Psicologia e Sociedade, 26(1), 175-184.
AZAMBUJA, M. R, F.; LARRATÉA, R. V.; FILIPOUSKI, G. R. Guarda compartilhada: A justiça pode ajudar os filhos a ter pai e mãe?
https://psicologado.com/atuacao/psicologia-juridica/o-papel-do-psicologo-juridico-na-avaliacao-da-guarda-dos-filhos


Alunas 5° período, diurno, Psicologia – UNITRI
Jackeline França Rezende; Maria Jose S. da Silva; Maria Olinda C. Lima; Priscyla Leal Caetano; Sheyene D. Figueiredo B. Ferreira e Vanessa Gomes Gervasio