Fonte: http://assimcomovoce.blogfolha.uol.com.br/2012/05/28/calcadas-para-cadeirantes/
Ao
pensarmos numa Ética do cuidado, escolhemos refletir sobre a atuação do
psicólogo no âmbito da questão da acessibilidade para pessoas com deficiências.
De acordo com o código
de ética profissional do psicólogo, este tem um compromisso social
com sua profissão. Em um dos princípios fundamentais citados nesse manual apresenta
algumas responsabilidades do profissional como: “O psicólogo trabalhará visando
promover a saúde e a qualidade de vida das pessoas e das coletividades e
contribuirá para a eliminação de quaisquer formas de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Considera-se
a pessoa com deficiência aquela
que se apresenta em caráter permanente, perdas ou reduções de sua estrutura, ou
função anatômica, fisiológica, psicológica ou mental, que gerem incapacidade
para certas atividades.
Uma
pessoa pode ter deficiência única ou deficiência múltipla que é associação de
uma ou mais deficiências. As várias deficiências podem agrupar-se em quatro
conjuntos distintos sendo eles: deficiência visual, motora, mental e auditiva.
O
censo de 2010, divulgado pelo IBGE aponta que 45,6 milhões de pessoas
declararam ter ao menos um tipo de deficiência o que corresponde a 23,9% da
população brasileira. A maior parte delas vive em áreas urbanas. A deficiência
visual foi a mais apontada, atinge 18,8% da população. Em seguida vêm as
deficiências motoras: 7%, auditiva: 5,1% e mental ou intelectual: 1,4%.
A
ONU, em 2006, propôs uma convenção dos direitos das pessoas com deficiência, em
Nova York, onde vários países participaram. Essa reunião teve o objetivo de
promover, proteger e assegurar o exercício pleno e imparcial de todos os
direitos humanos e liberdades por parte de todas as pessoas com deficiência e
favorecer o respeito pela sua dignidade.
O
Brasil, em 30 de março de 2007, assinou em Nova York, a convenção sobre
os direitos das pessoas com deficiência, surgindo assim o decreto 6.949 de 2009.
O
presente decreto teve como objetivo a criação de programas para integração
social, facilitação e acesso aos meios públicos, inserção do deficiente no
mercado de trabalho, participação de inclusão na sociedade, respeito pela
diferença e eliminação de obstáculos e barreiras no acesso público e privado,
garantindo assim a acessibilidade.
Acessibilidade
é a qualidade do que é acessível, ou seja, que tem acesso fácil. A
acessibilidade oferecida aos deficientes é regida por lei, a Presidência da República através do decreto nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004, regulamenta a
lei nº 10.048 de 08 de novembro de 2000 que dá prioridade ao atendimento de
pessoas com deficiência e idosos com idade igual ou superior a 60 anos, às
lactantes e as pessoas acompanhadas com crianças de colo, e a lei 10.098 de 19
de dezembro de 2000 que estabelece normas gerais e critérios básicos para
promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida.
Essa
acessibilidade serve como uma forma de eliminar todas as pedras que estão no
caminho dos deficientes, tornando a vida daquele indivíduo mais fácil, seja ao
pegar um ônibus, ir ao supermercado ou ir à faculdade.
O
espaço público não deve ser elaborado pensando apenas no homem “normal” que
possui todas as habilidades físicas e mentais. É necessário construir rampas,
vias de acesso, para atender as necessidades da pessoa com deficiência
garantindo assim a sua dignidade, para que de fato sua cidadania seja exercida.
Essa
lei da
acessibilidade é importante, pois possibilita um maior acesso
dos deficientes no meio social, por exemplo: jovens com deficiências podem ir
ao cinema, prestar vestibular, assistir jogos de futebol; pessoas em cadeira de
rodas podem usar os sanitários de forma independente; pessoas cegas podem andar
livre e seguramente pelas calçadas. É importante termos em mente que as pessoas
com deficiência ou incapacidades tem o direito de estar nos mesmo lugares que
nós estamos.
Para
que a lei da acessibilidade seja assegurada é necessário que haja fiscalização
por parte dos órgãos públicos. De acordo com o Jornal
Correio de Uberlândia, atualmente há uma maior fiscalização e a
partir de uma vistoria foi constatado que alguns
lugares da cidade de Uberlândia-MG, como restaurantes, boates, igrejas, lojas,
academias, cinemas, dentre outros, não estão preparados e equipados para
receberem esses deficientes. Sem as licenças necessárias esse espaço é
interditado para que o dono do estabelecimento tome as medidas cabíveis para
adequar o local às normas. Caso isso não ocorra, é definido o fechamento.
Dentro
da questão da deficiência, da incapacidade e da desvantagem o psicólogo tem um
papel importante e fundamental, pois auxilia o indivíduo a se relacionar com o
meio e a forma como o meio interfere no indivíduo. O papel do psicólogo na
inclusão social dos portadores de necessidades especiais é praticar o
enfrentamento e lidar com a exclusão
tentando introduzir principalmente a afetividade no cotidiano dessas pessoas e procurar
combater a visão individualista da
sociedade.
O
vídeo a seguir é uma entrevista sobre a acessibilidade das pessoas com
deficiência com o professor Celso Gonçalves, doutor em Psicologia do Desenvolvimento e professor do
Centro Universitário do Triângulo - UNITRI.
- Aline
Batista Pereira
- Anna Flávia Alves Faria
- Évelin Guimarães Félix
- Graziele
Silva Dutra
- Jéssica Carvalho Costa
- Larissa Alves de Freitas
- Raíne Santos
Muniz
Alunas
5º período de Psicologia manhã-Unitri/1º semestre de 2015.
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