quinta-feira, 23 de maio de 2013

A SUPERVISÃO DE ESTÁGIO EM PSICOLOGIA CLÍNICA — RELAÇÃO ENTRE SUPERVISOR E SUPERVISIONADO



A partir do artigo de Mariana Cardoso Barreto e Janaína Bianca Barletta criamos uma personagem que é uma estudante de Psicologia, Ana Sokeamate  de 20 anos de idade que inicia seu estágio em clinica, nosso objetivo é demonstrar o quão desafiador é este momento para a formação profissional.



Para melhor compreendermos a relação entre supervisor e supervisionado no curso de Psicologia clínica, apresentamos a entrevista concedida pela aluna Ana Sokeamate, integrante do curso, sobre o assunto aos alunos do 5º período do curso de Psicologia.
JORNAL DO POVO - Pergunta – Como você tem lidado com essa necessidade de supervisão no seu estágio? Para você isso é mesmo importante?
ANA SOKEAMATE - Resposta - Eu penso que um bom profissional não nasce pronto. Considero que seu conhecimento e suas técnicas vão se desenvolvendo durante suas vivências. Portanto, o estágio torna-se essencial para que o aluno adquira experiência em atendimento; o estágio supervisionando pode então ser visto como o primeiro passo para o trabalho profissional, capaz de desenvolver postura ética, metodológica, teórica e prática.
JORNAL DO POVO - Pergunta –   De que maneira esse trabalho tem sido feito  no curso de Psicologia ?
ANA SOKEAMATE - Resposta -   O processo de supervisão pode se dar em forma de relato, em que o supervisionando apresenta ao supervisor os acontecimentos decorrentes no atendimento terapêutico. O supervisor, por sua vez, elabora observações sobre o comportamento do estagiário, com as devidas orientações. Mas, pelas contingências encontradas nessa forma de supervisão, busca-se também outras formas de aprendizagem como, por exemplo, leituras específicas, observações, seminários, entre outros.
JORNAL DO POVO - Pergunta – Que peso teria, na sua opinião, a função do supervisor ?
ANA SOKEAMATE - Resposta - A função do supervisor é de muita responsabilidade, pois além de formar um terapeuta, cabe a ele garantir um atendimento adequado ao cliente. Para isso, o supervisor deve desenvolver sua habilidade interpessoal e junto ao seu supervisionando deve direcionar sua aprendizagem: isso é fundamental para a eficácia do processo de supervisão. É evidente, porém, que a responsabilidade de formar o terapeuta não é apenas do supervisor; depende do trabalho de toda equipe docente, realizado durante a graduação, além da dedicação e interesse do aluno, que é essencial. Cabe ao supervisor o papel de desenvolver uma postura assertiva para expor erros, dificuldades e potencialidades, a fim de criar uma relação de confiança e colaboração mútua entre o grupo.
Desta forma, segundo a revisão literária feita por Lima (Apud BARRETO e BARLETTA, 2010.), o supervisor de estágio tem cinco funções: 1. Informar aspectos técnicos, teóricos e científicos atuais relevantes para a psicoterapia; 2. Questionar, isto é, problematizar as questões que aparecem em supervisão levando a uma descoberta guiada do aluno; 3. Sugerir caminhos práticos e éticos para a condução clínica; 4. Encorajar o supervisionando a ação; 5. Avaliar no sentido formativo, para facilitar um olhar para os pontos positivos e negativos da atuação do aluno.
JORNAL DO POVO - Pergunta – Além de uma boa formação acadêmica, que outras habilidades podemos esperar por parte de um bom terapeuta?
ANA SOKEAMATE - Resposta - Um bom terapeuta deve desenvolver assertividade, expressividade emocional e a habilidade de perceber aspectos de si durante o atendimento, descritos em termos de autossensação, autopercepção, auto-observação e autoconhecimento.



Referência:


2.       CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. Petrópolis: Vozes, 2007.


Autores: Dalson Messias Matos, Daniel Junior Rodrigues, Fernanda Maria Curaçá Magalhães, Ivo Alexandre Costanti Da Silva, Lídia Cândida De Oliveira, Moabe Tomaz De Aquino, Patrícia  Ribeiro Campos, Suellenn De Souza Gonçalves Mól .


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