A partir do artigo de Mariana Cardoso Barreto
e Janaína Bianca Barletta criamos
uma personagem que é uma estudante de Psicologia, Ana Sokeamate de
20 anos de idade
que inicia seu estágio em clinica, nosso objetivo é demonstrar o quão
desafiador é este momento para a formação profissional.
Para melhor compreendermos a relação entre
supervisor e supervisionado no curso de Psicologia clínica, apresentamos a entrevista
concedida pela aluna Ana Sokeamate, integrante do curso, sobre o assunto aos
alunos do 5º período do curso de Psicologia.
JORNAL DO POVO - Pergunta – Como você tem lidado com essa necessidade
de supervisão no seu estágio? Para você isso é mesmo importante?
ANA SOKEAMATE - Resposta - Eu penso que um bom profissional não
nasce pronto. Considero que seu conhecimento e suas técnicas vão se
desenvolvendo durante suas vivências. Portanto, o estágio torna-se essencial
para que o aluno adquira experiência em atendimento; o estágio supervisionando
pode então ser visto como o primeiro passo para o trabalho profissional, capaz
de desenvolver
postura ética, metodológica, teórica e prática.
JORNAL DO POVO - Pergunta – De que maneira esse trabalho tem sido feito no curso de Psicologia ?
ANA SOKEAMATE - Resposta - O
processo de supervisão pode se dar em forma de relato, em que o supervisionando
apresenta ao supervisor os acontecimentos decorrentes no atendimento
terapêutico. O supervisor, por sua vez, elabora observações sobre o
comportamento do estagiário, com as devidas orientações. Mas, pelas
contingências encontradas nessa forma de supervisão, busca-se também outras
formas de aprendizagem como, por exemplo, leituras específicas, observações,
seminários, entre outros.
JORNAL DO POVO - Pergunta – Que peso teria, na sua opinião, a função
do supervisor ?
ANA SOKEAMATE - Resposta - A função do supervisor é de muita
responsabilidade, pois além de formar um terapeuta, cabe a ele garantir um
atendimento adequado ao cliente. Para isso, o supervisor deve desenvolver sua
habilidade interpessoal e junto ao seu supervisionando deve direcionar sua
aprendizagem: isso é fundamental para a eficácia do processo de supervisão. É
evidente, porém, que a responsabilidade de formar o terapeuta não é apenas do
supervisor; depende do trabalho de toda equipe docente, realizado durante a
graduação, além da dedicação e interesse do aluno, que é essencial. Cabe ao
supervisor o papel de desenvolver uma postura assertiva para expor erros,
dificuldades e potencialidades, a fim de criar uma relação de confiança e
colaboração mútua entre o grupo.
Desta forma, segundo a revisão literária
feita por Lima (Apud BARRETO e BARLETTA,
2010.),
o supervisor de estágio tem cinco funções: 1. Informar aspectos técnicos,
teóricos e científicos atuais relevantes para a psicoterapia; 2. Questionar,
isto é, problematizar as questões que aparecem em supervisão levando a uma
descoberta guiada do aluno; 3. Sugerir caminhos práticos e éticos para a
condução clínica; 4. Encorajar o supervisionando a ação; 5. Avaliar no sentido
formativo, para facilitar um olhar para os pontos positivos e negativos da
atuação do aluno.
JORNAL DO POVO - Pergunta – Além de uma boa
formação acadêmica, que outras habilidades podemos esperar por parte de um bom
terapeuta?
ANA
SOKEAMATE - Resposta - Um bom terapeuta
deve desenvolver assertividade, expressividade emocional
e a habilidade de perceber aspectos de si durante o atendimento, descritos em
termos de autossensação, autopercepção, auto-observação e autoconhecimento.
Referência:
2.
CORTELLA, M. S. Qual é a tua obra? Inquietações
propositivas sobre gestão, liderança e ética. Petrópolis: Vozes, 2007.
Autores: Dalson
Messias Matos, Daniel
Junior Rodrigues, Fernanda
Maria Curaçá Magalhães, Ivo
Alexandre Costanti Da Silva, Lídia
Cândida De Oliveira, Moabe
Tomaz De Aquino, Patrícia Ribeiro Campos, Suellenn
De Souza Gonçalves Mól .
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