A expectativa da primeira
experiência de estágio traz ao estudante grandes angústias, ansiedades,
inseguranças e medos em relação ao seu modo de agir, de conduzir e de preparo
para o estágio.
Enquanto estudantes de Psicologia
do 5° período esses sentimentos são mais intensos, pois o fazer do Psicólogo o
torna responsável pelo cuidar do outro, o que requer uma maior atenção, zelo,
raciocínio clínico, preparo, habilidades terapêuticas e postura ética. Para
isso, durante a graduação temos um grande instrumento que nos leva a colocar em
pratica o ensino teórico, a descobrir e aprimorar habilidades que durante a
graduação se mostram de forma sútil. Esse importante instrumento chama-se
Estágio Básico Supervisionado.
“[...] o desenvolvimento
de tais habilidades deve ser visto como um processo que deve ser iniciado logo
no início da formação, pois o aluno traz habilidades em seu repertório pessoal
que precisam ser aprimoradas juntamente com a aquisição de conhecimento teóricos”. (BARRETO; BARLLETA apud MOURA, 1999, p. 32)
A supervisão é o
que nos motiva e nos dá segurança, pois seremos olhados e conduzidos por aquele
que domina os aspectos técnicos, teóricos e práticos, que serão incorporados a nós
através da aprendizagem durante o processo de supervisão.
Neste período,
nossa supervisora nos propôs antes que fossemos para o primeiro momento do estágio,
um aquecimento, um primeiro treino, de forma a preparar-nos em aspectos
teóricos, metodológicos, práticos e de conduta ética. Foi a experiência de
coordenar um grupo, que era formado pelos nossos colegas de classe,
aplicando-lhes uma dinâmica. Foi difícil, não por parte de estudo teórico e
domínio da técnica, mas na expectativa de como se caminharia e como seria
recebida a dinâmica pelo grupo, mesmo sendo nossos colegas de graduação.
Isso nos levou a curiosidade e
nos instigou a olhar e preocupar com o modo que iremos proceder como
estagiários. Concordamos com Beckert (2002), quando diz que a supervisão tem
como compromisso a formação de profissionais capazes, potencializando nossas
habilidades e auxiliando-nos em nossas dificuldades. Na busca de compreender o
sujeito e aquilo que é seu sofrimento psíquico, em suas diversas dimensões e
amplitudes, respeitando todo o seu ser em suas diferenças e peculiaridades.
A conduta ética do aluno-estagiário
deve se desenvolver antes mesmo do início dos processos dos estágios práticos.
Mesmo não tendo o conhecimento completo do que seria esses referentes éticos, o
aluno não só de Psicologia, mas de qualquer outro curso de graduação, deve
preocupar-se e procurar estar à parte da ética profissional que fundamenta seu
curso, para compreender e apoiar-se em tais condições. (GLOCK; GOLDIM, 2003,
p.02)
A Ética acaba tornando-se
inerente ao fazer profissional. O supervisor é o responsável por ajustar a
conduta ética ao aluno-estagiário, sugerindo aspectos práticos e éticos de
conduta clínica o que o leva a descobertas, encorajando-o à ação e avaliando-o
no sentido formativo, facilitando o olhar daquele para os pontos positivos e
negativos da sua atuação.
Mesmo com a orientação do
supervisor, a ética deve ser também subjetiva a cada aluno-estagiário, desenvolvida,
incorporada e aprimorada, para que ao longo do processo do estágio, o aluno
saiba lidar com as situações de forma, no mínimo, eticamente correta. Onde
exista o comprometimento do aluno, no caso, o aspirante a psicólogo, com suas
responsabilidades e deveres, para que consiga lidar com o outro da forma mais
integrada, cuidadosa e consciente possível.
Autoras: Cristiane Van Ass,
Enolyn Bianca R. Oliveira, Pâmella Arantes, Dalila Mendonça, Aline Sanches,
Danielle Cristina
Referências bibliográficas dos Artigos:
- BARRETO, M. C.; BARLETTA, J. B. A supervisão de estágio em Psicologia clínica sob as óticas do supervisor e supervisionado. Cadernos de Graduação - Ciências Biológicas e da Saúde, v.12, n.12, p. 155-171, 2010.
- FALEIROS, E. A. Aprendendo a ser Psicoterapeuta. Psicologia, Ciência e Profissão, p. 14-27, 2004.
- GLOCK, R. S.; GOLDIM, J. R. Ética profissional é compromisso social. Mundo jovem, p. 2-5, 2003.
Para concluir, queremos
compartilhar com vocês alguns de nossos depoimentos durante nossas primeiras
práticas do estágio e um relato de nossa supervisora:
Ola,
ResponderExcluirComo eu posso conseguir o contato da aluna Cristiane Van Ass?
Meu e-mail: alexweilerm@gmail.com
Obrigado.