A clínica é o espaço da escuta, do
excluído, interditado. “A clínica define-se por um “ethos”, em outras palavras,
o que define a clínica psicológica é a sua ética: ela está comprometida com a
escuta do interditado e com a sustentação das tensões e dos conflitos”
(FIGUEREDO, 2004 apud PANTALEÃO)
Código de Ética
Profissional, que é o instrumento normativo que regulamenta as atividades de
determinado profissional dentro da sua respectiva categoria, neste caso, do
psicólogo. Ética é a teoria do comportamento moral dos homens em sociedade, não
podendo ser confundida com moral, porque a ética é que explica a moral. A
prática do psicólogo em seu trabalho deverá estar alicerçada em seus afazeres
profissionais e sociais, seguindo as regras do seu Código de Ética Profissional
(REIS , RODRIGUES e MELO, 2010).
Está área Clínica ficou
identificada com a prática da psicoterapia (independente de orientações
teóricas) e com as atividades de psicodiagnóstico para fins de intervenção
terapêutica (trabalho autônomo). E de
acordo com o Código de Ética, “O psicólogo trabalhará visando promover o
bem-estar do indivíduo e da comunidade.” Na visão do paciente o que um psicólogo faz é conversa e
trazer a informação que lhes falta para uma boa qualidade de vida. É como se o
psicólogo soubesse de tudo e de soluções para todos os seus problemas mais na
verdade a Psicologia não trabalha dessa forma ela tem um propósito visando na
ciência. O Psicólogo junto com seu paciente pode desvendar e compreender seus
conflitos internos e então podendo avaliar uma melhor intervenção terapêutica
(LIPERT, 2005).
O
Código de Ética Profissional faz-se essencial em sua totalidade à atuação do
Psicólogo, mas isso é apenas um pilar de sua profissão, pois o profissional
depende também de seus recursos éticos e morais e dos seus princípios elencados
e considerados, nos seus valores enquanto perdurar a sua conduta laborativa no
âmbito social e profissional como ser humano e social, com os conceitos morais
de certo e errado perante a sociedade e ainda de acordo com os princípios
éticos e morais das Instituições que os empregam, frente não somente aos seus
pacientes, mas com diante de toda a sociedade e em especial no âmbito do seu
grupo social (REIS, RODRIGUES E MELO, 2010).
Clínica como espetáculo:
Fecharemos as
cortinas deste ato e abriremos. No palco haverá uma cena congelada que
lentamente criará movimentos, dando continuidade ao espetáculo. Pois se o lugar
da clínica define-se por sua relação com o outro, e existem várias maneiras do
psicólogo se relacionar com este, precisamos escolher uma que sustente sua
prática. Sustentaremos que o ethos
do cuidado é nossa melhor
escolha: ao se fazer clínica não é estar entre quatro paredes brancas
promovendo a cura, entendemos que a função desta seria, justamente, cuidar de
pessoas, cuidar de problemas. Enquanto argumentamos tal escolha, lentamente
fecharemos as cortinas. Antes
mesmo de tocarmos nas cortinas, já estaremos cientes de que a ética é o que
determina as atuações do psicólogo e que toda ação é uma atitude
político-social. Nossa questão será pensar a possibilidade de uma política de
intervenção a partir deste ethos do
cuidado. E o último ato não fecharemos as cortinas. Nosso corpo cênico se
movimentará pelo palco arrastando uma grande faixa anunciando que, além deste
ato promover uma reflexão sobre as micropolíticas do cuidado, também nele
revelaremos a todos: afinal, quem somos nós – corpo clínico – que ao mesmo
tempo somos corpo na
clínica e o corpo da clínica? Ou seja, quem é o corpo deste
espetáculo? Nossa intenção com esta peça será pensar uma psicologia clínica
comprometida ética e politicamente (SILVA, 2001).
Considerações Finais
A
importância do trabalho acrescenta ao grupo um aprimoramento de maneira construtiva na compreensão a respeito da
Psicologia Clínica, que se estrutura nos seus princípios éticos que
regulamentam a profissão do Psicólogo, com ênfase no presente trabalho a ética
deve ser exercida em todas as profissões. Na Clínica o código de ética é um
instrumento importante que resguarda o profissional em sua atividade, na
relação do terapeuta e cliente esta proteção envolve ambos no processo
terapêutico, como uma barreira seguidas
de normas e regras regidas pela ética e a sua
moralidade a respeito do comportamento humano. O Psicólogo clínico na
sua atuação tem que estar comprometido de corpo presente na sua função,
respeitando as subjetividades de cada ser humano.
O Psicólogo independentemente da área que irá atuar deverá prosseguir
ampliando as teorias (estudos e pesquisas científicas) se atualizando para uma
melhor obtenção de conhecimento que beneficiará o ser humano na sua totalidade.
Referência Bibliográfica
LIPERT,
Bruna Bittencoourt et al. O Perfil do
Psicólogo: um levantamento acerca do psicólogo em formação. Campus Tubarão:
Universidade do Sul de Santa Catarina,
2005
PANTALEÃO, Ana Paula Florêncio. A Atuação do
Psicólogo Clínico: Ética e Técnica de Discussão. Santo Amaro Recife: Rev.
Psicologado, em 15 de Março de 2012.
REIS, Dayran
Karam RODRIGUES, Angélica da Silva MELO, Célia Maria da Silva. A Práxis do Psicólogo Face ao Código de
Ética Profissional. Garça: Editora FAEF, 2010.
SILVA, Édio Raniere . Psicologia clínica, um novo espetáculo: dimensões
éticas e políticas. Brasília: Psicol. cienc. prof. ,vol.21, no.4, 2001.
Alunas: Ana Céia Martins Santos Nascimento; Angélica Bezerra; Bruna
Martins Pereira; Cristina Conceição de Castro Silva; Jéssica Raynara Aguiar
Castro e Saionara Adriana Gomes. 5º período Noturno - UNITRI - 1/semestre 2014
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