A Ética na Psicologia das Emergências e Dos Desastres
A
história da Psicologia das Emergências e Desastres teve seu início, nos Estados
Unidos, por volta do ano de 1909, com intuito de entender as reações vinculadas
às emoções dos indivíduos envolvidos em desastres. E em nosso país, no ano de
1974, fora promulgada a primeira lei que regulamentava a atuação e ajuda em
momentos de desastre.
O campo da Psicologia das Emergências e
Desastres é uma área bem recente e que ainda está em consolidação. O Brasil
ainda é um país que não produz muito material acadêmico sobre o presente tema,
diferentemente de outros países da América Latina. Acreditamos que o motivo
para tão pouca produção científica, seja devido ao fato da localização
geográfica privilegiada de nosso país, pois não estamos sujeitos a certos tipos
de catástrofes, tais como grandes abalos sísmicos, furacões e etc. Porém, suspeitamos
também que o motivo por estarmos de maneira lenta à respeito da Psicologia
brasileira das Emergências e Desastres, seja por só agora se darem conta de que
no país, ocorre desastres e estes, não são só da ordem de causas naturais, a
violência é considerada por muitos autores especialistas nesta Psicologia como
a grande catástrofe nacional, que por sinal, está cada vez mais evidente em nosso cotidiano. Sendo não só um
caso de polícia, mas é um problema de saúde mental.
A Psicologia das Emergências e Desastres é definida pela atuação do
psicólogo com pessoas atingidas por acidentes, desastres, catástrofes,
incidentes críticos, visando à reconstrução de seus espaços de vida e suas
relações intrapessoais.
É papel ético para aqueles que atuam nesse
campo, atuar com responsabilidades por meio de contínuo aprimoramento profissional,
contribuindo para desenvolvimento da psicologia no conhecimento prático e científico.
Segundo
o Art. 1º do Código de Ética Profissional do Psicólogo e conforme item j) é
preciso ter, para com o trabalho dos psicólogos e de outros profissionais,
respeito, consideração e solidariedade e, quando solicitado, colaborar com
estes, salvo impedimento por motivo relevante.
Os
psicólogos diante da necessidade de atuação em desastres e crises, devem se posicionar
da melhor maneira “prestando um serviço
que agrega qualidade e diferencial positivo para quem dele se serve, protegendo
ainda seu próprio bem-estar psicológico”. É
de suma importância para a preparação do profissional, conhecer “suas próprias
emoções, limites e as implicações da atividade intensa de empatizar com a dor e
o sofrimento do outro em meio a cenários devastadores”.
Esse profissional que lida com
esses cenários de desastres, deve estar sobre o cuidado profissional, pois ele
terá grande dificuldade na sua atuação ou pouco desempenhará seu papel. Afinal
este encontra-se “no terceiro grupo de risco, atrás apenas
dos envolvidos diretos, familiares e amigos”.
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