sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O atendimento psicológico on-line

Autores:
Bianca Jacintho Fleury
Divina Danieni dos Santos
Fernanda Delfino Barbosa
Francine Paula Machado
Luiz Antônio S. Rey Gismondi
Naiara Aparecida Oliveira
Sandriane de Cássia

            A utilização da palavra tecnologia é comumente usada desde a Revolução Industrial, no final do século XVIII, sendo generalizada para os demais setores da sociedade como um avanço, um conjunto de facilidades que auxiliam na execução das mais diversas tarefas. Atualmente usamos esse termo para designar as melhorias ou progressos de recursos, assim como as facilidades que ela ocasiona, seja na comunicação, n trabalho ou no lazer. Contudo, se por um lado a tecnologia diminui as barreiras, devemos questionar se não há nenhum tipo de prejuízo ou falha nessa relação virtual.
            A psicologia é definida como a ciência que estuda o comportamento humano e as consequências do mesmo no ambiente. Sendo assim, preocupa-se em não ignorar a demanda social que está ligada à tecnologia, como redes sociais, álbuns virtuais e mensagens instantâneas, a fim de que, sabendo explorar essa tecnologia, possa compreender e intervir.
            As tecnologias de comunicação à distância têm sido usadas para atendimentos psicológicos para aqueles que, por motivos diversos, não poderiam frequentar regularmente os serviços presenciais e se transformou em uma modalidade de atendimento psicológico que há mais de quinze anos é exercida por profissionais de países como estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Rússia e Argentina. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php.script=sci_arttext&pid=S167720702011000200003&Ing=pt&nrm=iao.
            No Brasil ainda não temos muitos estudos que abordem as possibilidades e riscos, o que justifica a Resolução 012/2005 do Conselho Federal de Psicologia, que regulamenta, somente sob o processo de credenciamento de site, a oferta da orientação mediada pelo computador; contudo, limita a prática terapêutica somente para fins de pesquisa. http://www.pol.br/legislacao/pdf/resolucao/2005-12.pdf.
            A procura pelos serviços de psicologia on-line tem aumentado e já há uma oferta desses trabalhos, como podemos visualizar na lista de serviços credenciados, disponível no site do Conselho Federal de Psicologia (http://site.cfp.org.br/index.php). É necessário, portanto, que se ampliem os estudos para que as possibilidades também aumentem.
            Prado e Meyer (2006) publicaram no artigo “A avaliação da relação terapêutica na terapia assíncrona via internet”, um estudo pioneiro sobre a participação de profissionais que trabalham com diferentes abordagens na realização de sessões de psicoterapia, utilizando meios da internet, apresentando resultados positivos.
            Pensando nessas questões, podemos refletir quais seriam as facilidades e riscos presentes nessa prática de atendimento psicológico on-line. Alguns questionamentos como: o valor a ser cobrado, a duração das sessões, qual o espaço adequado para o atendimento, se haverá limite de atendimento e quais casos podem ser atendidos, como se daria o registro de informações, assim como os arquivos, pautando-se sempre na postura ética que o profissional da Psicologia deve ter.
            É importante ressaltar que o atendimento à distância não se refere simplesmente à transferência para o espaço virtual dos conhecimentos adquiridos na clínica tradicional. Portanto, é possível afirmar que a internet é um instrumento que pode ser utilizado para a informação, conexão social, educação, economia, enfrentamento da timidez, entre outros. Sendo assim, é importante investigar e explorar a utilização dessa ferramenta on-line no campo da Psicologia, para que seja um campo comprovado cientificamente. Por essa razão, o nosso principal objetivo é fomentar uma reflexão e, quem sabe, investigar novos estudos para essa prática que tem florescido atualmente.
           
Referências:

PRADO, Oliver Zancul; MEYER, Sonia Beatriz. Avaliação da relação terapêutica na terapia assíncrona via internet. Maringá, v.11, n.2, p.247-257.




                       

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