terça-feira, 13 de outubro de 2015

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO TRABALHO

Retrato Da Produção Científica Na Última Década

BRUNA CAROLINE
BRUNA PAULA
CAMILA FERNANDEZ
CLAUDIA SILVA
LUCAS HENRIQUE
LUCELI SOARES
NYKARE BATISTA

            A Psicologia, como atividade profissional, tem seu grande foco de reconhecimento nas práticas clínicas, pesquisa do Conselho Federal de Psicologia realizada em 1988 colocava a Psicologia organizacional como a segunda maior área de atuação dos profissionais. Dados como esses demonstram o importante espaço que ocupam as práticas de Psicologia organizacional e do trabalho.
            A prática da Psicologia nas organizações desenvolveu-se a partir do início do século XIX, sob o nome de Psicologia industrial, sendo definida como “o estudo do comportamento humano nos aspectos da vida relacionados com a produção, distribuição e uso dos bens e serviços de nossa civilização”,dedicando se à aplicação dos conhecimentos no comportamento humano para a solução dos problemas no contexto industrial.
            Em 2003, Garcia, Valdehita e Jover analisam diversas definições do tema e afirmam que: A Psicologia do trabalho é uma disciplina ao mesmo tempo teórica e aplicada, que busca, mediante o uso de conceitos, modelos e métodos procedentes da Psicologia, descrever, compreender, predizer e explicar o comportamento laboral de indivíduos e grupos, assim como os processos subjacentes ao mesmo. Objetiva ainda a intervenção, tanto sobre a pessoa como sobre o trabalho, com o propósito de melhor satisfazer as necessidades dos trabalhadores, sem nunca se esquecer de incrementar os benefícios e rendimentos da empresa (p. 22).
            Em razão do vínculo estreito com as atividades administrativas, a Psicologia organizacional e do trabalho (POT) passou por várias transformações em busca do desenvolvimento da produtividade do trabalhador e do seu bem-estar.
            Principais diferenças nas áreas: o psicólogo industrial tinha o foco em recrutamento e seleção, especialmente com o auxílio dos testes psicológicos, e preocupava se com a produção, enquanto as relações entre os funcionários e a empresa e entre os grupos de funcionários não eram observadas. A atuação do psicólogo organizacional ainda era direcionada para o aumento da produtividade e da eficiência, além das avaliações das habilidades dos funcionários. Já o psicólogo do trabalho tem como principal objetivo compreender esse homem que trabalha e as implicações do seu trabalho no cotidiano e resgatar a dignidade humana nas relações trabalhistas.
            Atualmente, é possível encontrar esse profissional envolvido com práticas de saúde mental no trabalho, ou ainda, estabelecendo planos de formação e desenvolvimento de pessoal, estudando problemas laborais como redução de estresse, absenteísmo e aposentadoria ou modos de inserção de pessoas com deficiência em postos adequados de trabalho, entre outros.
            Em suma, o papel do psicólogo dentro das organizações é atuar como facilitador e conscientizador do papel dos vários grupos que compõem a instituição, considerando a saúde e a subjetividade dos indivíduos, a dinâmica da empresa e a sua inserção no contexto mais amplo da organização.            Tal área vem despertando o interesse dos pesquisadores, provavelmente por sua grande importância na compreensão tanto dos aspectos envolvidos no sofrimento psíquico como no referente às questões de adoecimento/saúde do trabalhador e qualidade de vida
            Existe a diferença dos conceitos de administração, da psicologia organizacional e focou a importância e as contribuições da psicologia para o bom desempenho dos trabalhos em uma organização. E melhor desenvoltura dos funcionários no ambiente de trabalho, mostrou também os principais pontos e benefícios nos quais a psicologia pode contribuir dentro da organização.
            Tendo em vista as mudanças ocorridas no contexto produtivo, justifica-se o aumento dos estudos sobre os modelos teóricos e de RH, especialmente ao se considerar que talvez o psicólogo organizacional ou o profissional de RH esteja sentindo falta de maior respaldo teórico para embasar sua prática profissional. É possível pensar, ainda, que os conhecimentos aprendidos durante a formação podem não estar atendendo as demandas da profissão, sendo necessário hoje buscar novos modelos explicativos e ampliar os conhecimentos da área.

            Da perspectiva inicial da Psicologia industrial para a Psicologia organizacional e do trabalho, é possível verificar diversos aspectos que mostram a ampliação do paradigma. Uma forma de se acompanhar as mudanças é a pesquisa de revisão bibliográfica, que ajuda a compreender o estado da arte de determinado assunto. Assim sendo, o objetivo do presente trabalho foi a investigação da produção científica de POT na última década. Considerando que entre 1998 e 2000 eram publicados cerca de dois artigos anuais, o momento presente pode ser tido como próspero, pois conta em média com 10,6 artigos por ano. Embora tal produção seguramente não consiga dar conta de todo o conhecimento teórico da área, já pode ser considerada um passo valioso nesse caminho.
            É preciso considerar que, em função das diversas realidades de trabalho e das condições existentes no Brasil, faz-se relevante pensar na ampliação dos temas a serem pesquisados visando a beneficiar as diferentes formas e contextos do mundo do trabalho.
            Vale lembrar que, dados relevantes por ampliar o conhecimento dos campos de investigação que têm obtido destaque em POT na última década, o fato de analisar exclusivamente periódicos de Psicologia é também uma limitação que pode produzir um viés relativo às conclusões, pois, como afirmam Souza, Vasconcelos e Borges-Andrade (2009), os periódicos de Administração concentram grande parte da produção intelectual em POT A ética tem a ver com juízos morais. Muitas empresas dispõem de seus códigos de conduta, numa demonstração clara à sociedade sobre os pressupostos de seus valores e juízo moral.

ÉTICA
            “Ética é a parte da filosofia que estuda a moralidade do agir humano livre, na forma de atos maus ou bons; nesse contexto, a ética empresarial é o estudo da ética aplicada à atividade empresarial” (CHAVES; ASHLEY, 2006, p.19).
            Chaves e Ashley (2006, p.19) conceituam  ética como “a parte da filosofia que estuda a moralidade do agir humano livre, na forma de atos maus ou bons; nesse contexto, a ética empresarial é o estudo da ética aplicada à atividade empresarial”
            Maximiano (2006) define a ética como o campo do conhecimento que trata da definição e avaliação de pessoas e organizações, que dispõe sobre o comportamento adequado e os meios de implementá-lo, levando-se em consideração os entendimentos presentes na sociedade ou em agrupamentos sociais particulares.
                        Arruda (2002) coloca que o objetivo do código de ética é servir de instrumento eficaz para nortear a conduta moral dos stakeholders. Os funcionários que agem bem tratam melhor clientes e fornecedores, são transparentes nas negociações, estão prontos para dar informação, são pontuais nos prazos e zelosos da qualidade dos produtos e serviços trazendo como conseqüências para a empresa a fidelidade, a lealdade e satisfação de clientes e fornecedores, os negócios se multiplicam a partir da experiência e da confiança e a imagem da instituição se fortalece no Brasil.
            Os psicólogos organizacionais são os responsáveis pela intervenção estratégica e importantes tomadas de decisões, que se não realizadas corretamente e eticamente, podem causar diversos prejuízos pessoais e organizacionais.
            A postura ética dos gestores e o clima ético da organização podem estimular ou reprimir o desenvolvimento de uma política social ativa, refletindo-se no desempenho real e esperado da empresa (SOUZA, Marilene).
            Para isto, o profissional da Psicologia deve seguir os princípios do Código de Ética Profissional do Psicólogo. O Art. 3º estabelece que “o psicólogo, para ingressar, associar-se ou permanecer em uma organização, considerará a missão, a filosofia, as políticas, as normas e as práticas nela vigentes e sua compatibilidade com os princípios e regras deste Código. Parágrafo Único: Existindo incompatibilidade, cabe ao psicólogo recusar-se a prestar serviços e, se pertinente, apresentar denúncia ao órgão competente”.
            O Código propõe também que o psicólogo não seja conivente com quaisquer atos que caracterizem discriminação, exploração, violência etc; é vedado a este acumpliciar-se com pessoas ou organizações que exerçam ou favoreçam o exercício ilegal da profissão de psicólogo ou de qualquer outra atividade profissional; além de não ser conivente com erros, faltas éticas, violação de direitos, crimes ou contravenções penais praticados por psicólogos na prestação de serviços profissionais; ao profissional é vedado também: desviar-se para serviço particular ou de outra instituição, visando benefício próprio, pessoas ou organizações atendidas por instituição com a qual mantenha qualquer tipo de vínculo profissional; e também prestar serviços profissionais a organizações concorrentes de modo que possam resultar em prejuízo para as partes envolvidas, decorrentes de informações privilegiadas.
            Em contrapartida o Psicólogo Organizacional deve agir com competência, integridade, responsabilidade científica e profissional; respeito ao direito e a dignidade das pessoas e organizações; responsabilidade social e de forma sigilosa.
            As decisões e atitudes do psicólogo perante conflitos de interesse em organizações que envolvam valores morais são influenciadoras do clima ético da organização e do comportamento dos trabalhadores e a forma como eles se comportam e se relacionam entre si e com a organização. (Bews e Rossouwn, 2002 apud Ernesto, 2012).
            Nós como estudantes do 5° período de Psicologia agregamos ao primeiro estágio supervisionado a importância de se estudar e compreender a ética no âmbito profissional como um grande dever e compromisso do psicólogo, pois independente de onde atuamos é de suma importância ter uma postura ética.


Entrevista de Emprego: LINK

http://www.youtube.com/watch?v=LZoR0_EP_RI&sns=em

  


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ERNESTO, Paulo. Responsabilidade social e ética organizacional. Psicologia.pt. 2012.
SOUZA, Marilene. Manual de Orientações: Legislação e Recomendações para o Exercício Profissional do Psicólogo. Disponível em: http://www.crpsp.org.br/portal/orientacao/manual/fr_apresentacao2008.aspx

Artigo: Psicologia Organizacional E Do Trabalho – Retrato Da Produção Científica Na Última Década – http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-98932011000400004&script=sci_arttext

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