sexta-feira, 9 de outubro de 2015

PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS E DESASTRES: o cuidar em situações de risco




ALINNE PESSOA

ANA PAULA BARBOSA

CRISLAYNE PEREIRA

DANIELA APARECIDA MOREIRA

MIGUEL ÂNGELO CHAVES

LUCAS SILVA




       A Psicologia das Emergências e Desastres é uma área ainda pouco conhecida por alguns profissionais e até mesmo por estudantes de psicologia. Essa vertente chama atenção para a atuação do psicólogo intervindo em situações de acidentes, desastres, catástrofes, etc., procurando garantir a "reconstrução de seus espaços de vida e suas relações intrapessoais". (MARTINS, 2012)

      "Os desastres abalam comunidades e grupos sociais de diversos modos, dependendo da condição de vulnerabilidade dos mesmos, e também atinge de modo particular cada sujeito que vivencia tais tragédias." (MARTINS). Desta forma, a psicologia deve cuidar tanto das comunidades como dos próprios indivíduos separadamente.




      Os primeiros estudos psicológicos referentes aos desastres ocorreram em 1909, nos EUA, pelo médico psiquiatra Edward Stierlin, que tinha a intenção de estudar as emoções de pessoas envolvidas em situações de desastres. No Brasil, a psicologia voltou-se para esse campo das emergências em 1987, quando houve o acidente com o césio-137, o maior acidente radioativo até hoje no Brasil.

     O Brasil não possui situações críticas como terremotos, erupções vulcânicas ou furacões, mas segundo a Secretaria de Defesa Civil seus desastres são de ordem natural, tais como as inundações, deslizamentos, a seca e os gravíssimos acidentes de trânsito, considerados "desastres humanos". Muitas casas são construídas em barrancos sem o mínimo essencial para sua segurança, o que faz com que toda essa comunidade se torne um "alvo fácil" para uma catástrofe, por exemplo. 




      Até 2004 o Brasil não tinha uma política pública de prevenção e resposta a desastres. Hoje usamos uma ferramenta tecnológica de monitoramento de desastre que possibilita avisar qualquer localidade onde esteja implantado com 3 dias de antecedência e permitindo que essas vítimas saquem o FGTS para sanar danos materiais.

        Conforme o Código de Ética Profissional do Psicólogo (2005) é dever fundamental do psicólogo prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal. Por isso, foi desenvolvido pelo Sistema Conselhos de Psicologia uma nota técnica para nortear o trabalho do psicólogo envolvido em situações de emergências.

      Essa nota técnica afirma que seja o profissional contratado ou voluntário, ele estará agindo como um profissional de psicologia e assim está submetido ao Código de Ética e outras normas que regem a profissão; deve realizar seu trabalho com qualidade, procurando conhecer a realidade e agir de acordo com os direitos humanos; e, da mesma forma, o psicólogo não deve promover a patologização ou vitimização das pessoas envolvidas nos desastres.




     Além dessas orientações, o psicólogo deve atuar com responsabilidade realizando sempre novos estudos e se atualizando para estar preparado para o trabalho em campo e para o que vai enfrentar lá. garantindo, assim também, o seu próprio bem estar mental, ao reconhecer os seus próprios limites.

      A situação de emergência em si pode ser concebida em três (3) fases: pré-impacto, impacto e pós-impacto. Para uma melhor compreensão dessas fases assista o vídeo abaixo que relata muito bem essas fases. Esse vídeo foi realizado por alunas da Faculdade de Psicologia de Anápolis:





Referências:

BRUCK, Ney Roberto V. A Psicologia das Emergências: Um estudo sobre a angustia publica e o dramático cotidiano do trauma. 2007. Doutorado em Psicologia. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. Disponível em: http://repositorio.pucrs.br/dspace/handle/10923/5036. Acesso em: 09/10/2015


Conselho Federal de Psicologia. 1º Seminário Nacional de Psicologia das Emergências e dos Desastres: Contribuições para a Construção de Comunidades mais Seguras. Brasília, 2006. Disponível em: http://site.cfp.org.br/publicacao/i-seminrio-nacional-de-psicologia-das-emergncias-e-dos-desastres/. Acesso 09/10/2015.

Conselho Federal de Psicologia. Abandonados nos desastres: uma análise sociológica de dimensões objetivas e simbólicas de afetação de grupos sociais desabrigados e desalojados. Brasília, 2011. Disponível em:


Conselho Feral de Psicologia. Nota técnica sobre atuação de psicólogos em situações de emergências e desastres, relacionadas com a política de defesa civil. Brasília, 2013. Disponível em: 


MARTINS, Grasiele Vieira dos Santos. Práticas psicológicas junto às vítimas em situação de emergência e de desastres: reconstrução de seus espaços de vida e suas relações intrapessoais. 2012. Monografia para graduação em Psicologia. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte. Disponível em: http://www.abrapede.org.br/publicacoes/praticas-psicologicas-junto-as-vitimas-em-situacao-de-emergencias-e-desastres-reconstrucao-de-seus-espacos-de-vida-e-suas-relacoes-intrapessoais/. Acesso 09/10/2015.


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